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Polícia investiga se morte no MT tem ligação com 'Baleia Azul'

Adolescente de 16 anos foi encontrada morta em represa e polícia vê indícios de que ela poderia estar envolvida com o suposto jogo

Maria de Fátima da Silva Oliveira, de 16 anos (Reprodução)

Maria de Fátima da Silva Oliveira, de 16 anos (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2017 às 15h04.

Última atualização em 18 de abril de 2017 às 12h08.

São Paulo - Um jogo na internet tem deixado pais de jovens preocupados no mundo inteiro. O "Baleia Azul" aparentemente surgiu na Rússia e se espalhou para outros países, inclusive o Brasil.

Difundida nas redes sociais, a ideia do jogo seria propor 50 desafios diários macabros aos participantes. Entre eles, a automutilação, fazer fotos vendo filmes de terror e forçar doenças. A tarefa final seria tirar a própria vida.

No YouTube, são mais de 56 mil vídeos sobre o assunto e há vários grupos fechados no Facebook com adolescentes comentando o tema. Autoridades de alguns países, como a Inglaterra, já emitiram alertas sobre o jogo.

Aqui no Brasil, segundo o site Veja, a polícia civil de Vila Rica, a 1.270 km de Cuiabá (MT) está investigando se a morte da adolescente Maria de Fátima da Silva Oliveira, de 16 anos, tem relação com o "Baleia Azul".

A jovem foi encontrada morta na última terça-feira (11) dentro de uma represa de Vila Rica. Segundo a publicação, a menina teria saído de casa sozinha, apenas com a roupa do corpo, por volta de 3h15, sem celular ou dinheiro.

Em entrevista a Veja, o delegado André Rigonato, responsável pela investigação, disse que nenhuma hipótese está descartada. De acordo com ele, há fortes indícios de que a jovem tenha se envolvido no jogo, uma vez que ela deixou duas cartas onde falava sobre as regras e a cronologia das ações a serem cumpridas.

Maria de Fátima também tinha hematomas pelo corpo e cortes nos braços e coxas. “A investigação ainda está no começo. Foi feita a perícia no local e  solicitamos exames necroscópico e toxicológico para atestar a causa da morte, para saber se ela não usou nenhum medicamento ou alguma substância", disse o delegado a Veja.

Rigonato afirmou ainda que a polícia apreendeu as cartas para análise e o celular da adolescente. Ao menos dois grupos de WhatsApp da cidade estão sendo monitorados pela polícia.  O ato de induzir, instigar ou auxiliar o suicídio é crime, e a pena prevista é de dois a seis anos de prisão.

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