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Polícia identificou participantes do assassinato de Marielle, diz general

Em entrevista, o general Richard Nunes o general disse que polícia ainda não fez nenhuma prisão porque quer capturar todos de uma vez

Marielle: Nunes afirmou que pretende entregar o caso solucionado no final do período da intervenção federal, em 31 de dezembro (Ricardo Moraes/Reuters)

Marielle: Nunes afirmou que pretende entregar o caso solucionado no final do período da intervenção federal, em 31 de dezembro (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2018 às 17h58.

São Paulo — O secretário de Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, informou que a Polícia Civil já identificou alguns dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 março no Rio.

Segundo Nunes, a polícia ainda não fez nenhuma prisão porque acredita que se pelo menos um dos envolvidos for preso, é possível que os outros escapem. Na tentativa de capturar todos de uma só vez, a polícia ainda não prendeu suspeitos. 

"Não podemos ser precipitados. No momento que prende um (criminoso), não prende os demais. Alguns participantes nós temos. Temos que criar uma narrativa consistente com provas cabais que não venham a ser contestadas em juízo. Seria um fracasso que a sociedade não observasse essas pessoas como criminosas e elas não fossem condenadas no tribunal do júri", disse Nunes, em entrevista à Globonews.

Ele garantiu que a milícia está envolvida com o crime e disse acreditar na participação de políticos. Ele não sabe ainda se eles atuaram como mandantes ou somente executores. Nunes disse ainda que "provavelmente" tem político envolvido na morte da vereadora. 

O secretário disse que o crime tem a ver com a atuação política. "Não é um crime de ódio. E a milícia, com toda certeza, se não estava no mando do crime em si, está na execução", disse Nunes.

Nunes afirmou que pretende entregar o caso solucionado no final do período da intervenção federal, em 31 de dezembro, conforme determina o decreto assinado em fevereiro pelo presidente Michel Temer.

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