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Polícia Federal prende cinco índios tenharim em Humaitá

Os índios são suspeitos de terem sequestrado e matado três homens brancos


	Rua que corta a Transamazônica em Altamira: a operação para prender os índios mobilizou 400 homens e levou à interdição da Transamazônica entre Humaitá e Apuí
 (Valter Campanato/ABr)

Rua que corta a Transamazônica em Altamira: a operação para prender os índios mobilizou 400 homens e levou à interdição da Transamazônica entre Humaitá e Apuí (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 09h29.

Sorocaba - A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 30, cinco índios da etnia tenharim suspeitos de terem sequestrado e matado três homens brancos, desaparecidos desde o dia 16 de dezembro na rodovia Transamazônica, em Humaitá, no sul do Amazonas. Entre os presos estão dois filhos do cacique Ivan Tenharim, morto após acidente de moto no dia 3 de dezembro.

A operação para prender os índios mobilizou 400 homens e levou à interdição da Transamazônica entre Humaitá e Apuí, onde fica a Terra Indígena Tenharins Marmelo.

Os detidos foram levados para a superintendência da PF em Porto Velho (RO). A suspeita da polícia é que os três desaparecidos - o professor Stef Pinheiro, o representante comercial Luciano Freire e o técnico Aldeney Salvador - foram mortos em retaliação à morte do cacique.

De acordo com o delegado Alexandre Alves, peças de um carro encontradas na reserva e depoimentos de várias testemunhas indicam que os homens foram sequestrados e assassinados pelos índios.

O desaparecimento dos três homens desencadeou uma onda de violência na região. No dia 25 de dezembro, três mil índios manifestantes incendiaram a Casa do Índio, a sede da Funai, um barco e vários veículos em Humaitá.

No dia seguinte, a reserva foi invadida e os pedágios instalados pelos índios na Transamazônica foram incendiados. A prisão dos índios deixou o clima tenso na região e o efetivo da força-tarefa foi aumentado.

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