Brasão da Polícia Federal: os detidos foram presos no âmbito da Operação G-7, que investiga esquema de corrupção com empreiteiras. (Polícia Federal/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2013 às 14h02.
Brasília – Todos os 15 mandados de prisão expedidos hoje (10) contra servidores públicos e autoridades do governo do Acre e da prefeitura de Rio Branco já foram cumpridos pela Polícia Federal (PF). Os acusados estão na Superintendência da PF no estado prestando depoimento e logo depois serão encaminhados ao sistema prisional. Eles foram presos no âmbito da Operação G-7, que investiga esquema de corrupção com empreiteiras.
Entre os presos estão o secretário de Obras do governo do Acre, Wolvenar Camargo; o secretário municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco, Fernando de Mello Franco; e o diretor de Análise Clínica da Secretaria Estadual de Saúde, Tiago Paiva, sobrinho do governador Tião Viana.
O superintendente da Polícia Federal no estado, Marcelo Sálvio Rezende, disse à Agência Brasil que os depoimentos prosseguirão nos próximos dias, quando deverão ser ouvidos outros agentes públicos e da iniciativa privada. Segundo ele, uma vez concluída a fase dos depoimentos, as informações serão confrontadas e “as investigações poderão ser ampliadas com o surgimento de novos nomes”.
A Operação G-7 mobilizou 150 policiais de diversas localidades do país, que cumpriram também 34 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos nos municípios de Rio Branco e Tarauacá. Os investigados por fraude em licitações de obras públicas podem responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de recursos públicos.
Em nota, o governador do Acre, Tião Viana, disse que seu governo dará “irrestrito apoio” às investigações da Polícia Federal que levaram à deflagração, nesta manhã, da Operação G-7. Na nota, Tião Viana relatou que seu governo é “absolutamente transparente no exercício de suas funções e intransigente na defesa dos valores morais da função pública e pessoal”.