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Polícia Federal pede afastamento do prefeito de São Bernardo

De acordo com a PF, o pedido tem relação com desdobramentos da Operação Prato Feito

Orlando Morando: prefeito de São Bernardo é afastado (Wikimedia Commons/Creative Commons)

Orlando Morando: prefeito de São Bernardo é afastado (Wikimedia Commons/Creative Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de setembro de 2019 às 16h59.

Última atualização em 11 de setembro de 2019 às 17h40.

A Polícia Federal pediu o afastamento do atual prefeito de São Bernardo do Campo Orlando Morando, do (PSDB). Segundo a corporação, o pedido tem relação com desdobramentos da Operação Prato Feito, que investiga crimes de corrupção e fraude em licitação e execução de contratos.

A informação foi revelada pela CBN e confirmada pela reportagem do Estadão.

A Prato Feito foi deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2018 para investigar 65 contratos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bilhão, em 30 cidades de São Paulo.

Quando a ação foi desencadeada, a Polícia Federal indicou que cinco grupos criminosos seriam suspeitos de desviar recursos da União para a educação. As verbas eram destinadas ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços.

Segundo representação policial que foi enviada à 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo para a deflagração da "Prato Feito", um investigado que trabalhava com fornecimento de merenda escolar teria afirmado em áudio que entregou vantagem indevida para o então candidato e atual Prefeito de São Bernardo do Campo.

Na ocasião, a Polícia Federal anotou que apesar dos indícios de que foi oferecida propina à Morando, não havia elementos que comprovassem que o atual prefeito teria as recebido.

A PF indicou ainda que havia necessidade de aprofundar as investigações sobre suposta participação de Morando dos esquemas e por isso não houve nenhum pedido de medida em face do político na época.

Defesa

"Em resposta aos questionamentos apontados, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, informa que não recebeu nenhum valor de pessoas ou empresas citadas em investigação.

Lembrando que a prestação de contas da campanha eleitoral de 2016 foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Não há nenhuma prova de favorecimento na campanha eleitoral e, muito menos, depois. Os contratos feitos ao longo da gestão foram aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado, até porque geraram economia de milhões para o município.

As mudanças nas contratações ofereceram vantagem ao município, comprovadas por decisão judicial, na qual a Justiça determinou a uma empresa, contratada na gestão do PT (Luiz Marinho), devolva R$ 5,2 milhões ao município de São Bernardo.

Quando da operação, todos os envolvidos foram afastados e, por decreto do prefeito Orlando Morando, essas empresas foram proibidas de firmar contratos com o município."

 

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