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Polícia Federal investigará incêndios criminosos na Amazônia, diz Moro

Grupos de produtores do Pará teriam combinado incêndio conjunto no início de agosto por meio de conversas no WhatsApp

Anúncio de Moro vem depois de Bolsonaro pedir apuração mais rigorosa de acusações (Marcos Corrêa/Agência Brasil)

Anúncio de Moro vem depois de Bolsonaro pedir apuração mais rigorosa de acusações (Marcos Corrêa/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 25 de agosto de 2019 às 17h07.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 13h08.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou neste domingo que a Policia Federal investigará possíveis ações incendiárias criminosas na região da Amazônia, após solicitação do presidente Jair Bolsonaro de apuração rigorosa sobre possíveis atos nesse sentido.

De acordo com reportagem publicada no site da revista Globo Rural, mais de 70 pessoas — de Altamira e Novo Progresso, no Pará — entre sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros, combinaram em um grupo do WhatsApp incendiar em 10 de agosto as margens da BR163, rodovia que liga essa região do Pará aos portos fluviais do Rio Tapajós e ao Estado de Mato Grosso.

"A Polícia Federal vai, com sua expertise, apurar o fato. Incêndios criminosos na Amazônia serão severamente punidos", escreveu Moro no Twitter, referindo-se a

A intenção do grupo, conforme a reportagem da Globo Rural, era mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que apoiam suas ideias de 'afrouxar' a fiscalização do Ibama e quem sabe conseguir o perdão das multas pelas infrações cometidas ao Meio Ambiente.A data ficou conhecida como o "dia do fogo" no Pará

Também no Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acrescentou que Bolsonaro determinou "abertura de investigação rigorosa para apurar e punir os responsáveis pelos os fatos narrados".

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que acompanham as queimadas afirmaram à Reuters no começo da semana que registraram aumento dos focos nos dias 10 e 11 nas regiões de Novo Progresso e Altamira.

O governo brasileiro vem sofrendo forte pressão externa em razão dos recentes incêndios e do aumento no desmatamento na Amazônia. Mais cedo, Bolsonaro afirmou no Twitter que o Brasil é um país comprometido "com a proteção ambiental".

Neste domingo, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que os líderes do G7 estavam próximos de um acordo sobre como ajudar a combater os incêndios na floresta amazônica e tentar reparar a devastação.

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