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Polícia Federal indicia Marçal por uso de laudo falso contra Boulos na eleição

Empresário prestou depoimento nesta sexta-feira na Superintendência Regional da PF, em São Paulo

Polícia Federal: investigação aponta uso de documento falso em campanha eleitoral (Redes Sociais/Divulgação)

Polícia Federal: investigação aponta uso de documento falso em campanha eleitoral (Redes Sociais/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 8 de novembro de 2024 às 15h57.

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A Polícia Federal (PF) indiciou Pablo Marçal (PRTB) pelo uso de documento falso durante a disputa pela prefeitura de São Paulo neste ano. Dois dias antes do primeiro turno, o empresário divulgou em suas redes sociais um documento forjado para tentar associar Guilherme Boulos (PSOL), então também candidato à prefeitura de São Paulo, a um suposto uso de drogas.

Nesta sexta-feira, 8, Marçal prestou depoimento na Superintendência Regional da PF, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O ex-candidato voltou a negar qualquer envolvimento com a produção do laudo.

Logo após o fim do primeiro turno, no dia 8 de outubro, a defesa de Marçal declarou à Justiça Eleitoral que o influenciador “não fabricou nem manipulou o conteúdo veiculado, limitando-se a divulgá-lo da forma como foi expedido”, exercendo o “direito à livre manifestação do pensamento”.

Conclusão do inquérito e indiciamento

O indiciamento ocorre na fase de conclusão do inquérito, conduzido pela autoridade policial. Com base nas provas levantadas durante a apuração, o delegado imputa a Marçal a autoria de crimes, concluindo que há indícios suficientes para processá-lo criminalmente.

No início do mês passado, uma perícia da Polícia Civil de São Paulo confirmou que o laudo postado por Marçal era falso. Os peritos compararam a assinatura usada no documento com registros antigos do médico José Roberto de Souza, que morreu em 2022, vítima da COVID-19. Foram analisadas fichas de identificação e pedidos de passaporte do médico, e a principal divergência observada foi na velocidade de execução da assinatura falsa, que apresentava um desenvolvimento mais lento do que a assinatura verdadeira.

A perícia, assinada por três especialistas da Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Instituto de Criminalística de São Paulo, indicava ainda que, além do uso de cocaína, o documento falsificado sugeria que Boulos teria passado por encaminhamento médico após um surto psicótico provocado pelo uso da droga.

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