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Polícia Federal prende Roberto Jefferson por ataques à democracia

A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes dentro do inquérito sobre organização criminosa digital contra a democracia

Roberto Jefferson é acusado de participar de milícia digital montada para ataques à democracia (Valter Campanato/Agência Brasil)

Roberto Jefferson é acusado de participar de milícia digital montada para ataques à democracia (Valter Campanato/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 13 de agosto de 2021 às 08h35.

Última atualização em 13 de agosto de 2021 às 09h25.

A Policia Federal (PF) prendeu nessa sexta-feira, 13, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). A ordem de prisão e de busca e apreensão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por suposta participação de Jefferson em uma organização criminosa digital montada para ataques à democracia.

O mandado é de prisão preventiva. O pedido de detenção partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.

O ex-deputado, que já foi preso anteriormente por sua condenação no mensalão, hoje é aliado do presidente Jair Bolsonaro e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo.

Em um desses vídeos mais recentes, Jefferson ameaça a não realização de eleições no próximo ano caso não seja aprovado o voto impresso, que foi derrotado na Câmara dos Deputados.

— Se não houver voto impresso e contagem pública de votos, não haverá eleição ano que vem — disse.

O inquérito sobre organização criminosa digital contra a democracia apura a articulação entre grupos bolsonaristas nas redes sociais com o objetivo de fazer ataques contra a credibilidade das instituições e até mesmo ameaças às instituições democráticas.

Essa articulação foi detectada pela PF dentro do inquérito dos atos antidemocráticos. Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pedido arquivamento desse inquérito, Moraes acolheu o arquivamento mas determinou a abertura de uma nova apuração, apontando a existência de indícios da participação de políticos com foro privilegiado nessa organização criminosa.

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