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Polícia Federal abre operação contra fraudes no INSS em São Paulo

Investigações apontam que os pedidos suspeitos eram relacionados a trabalhadores de bancos, públicos e privados, além de empresas de telefonia

Polícia Federal, em ação com a força-tarefa Previdenciária, deflagrou nesta segunda-feira, dia 26, a Operação Barbour (Vagner Rosário/VEJA)

Polícia Federal, em ação com a força-tarefa Previdenciária, deflagrou nesta segunda-feira, dia 26, a Operação Barbour (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de novembro de 2018 às 10h38.

São Paulo - A Polícia Federal (PF), em ação com a força-tarefa Previdenciária, deflagrou nesta segunda-feira, dia 26, a Operação Barbour contra um esquema especializado em fraudes contra a Previdência Social. Cerca de R$ 42 mil e US$ 3 mil em espécie foram apreendidos em Diadema, cidade da Grande São Paulo, na residência de um servidor público.

A força-tarefa Previdenciária é composta pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Coordenação de Inteligência Previdenciária, Instituto Nacional do Seguro Social e Advocacia-Geral da União.

Policiais Federais cumprem quatro mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Diadema e Santo André, todos expedidos, a pedido da PF, pela 3ª Vara de São Bernardo do Campo. Também foram apreendidos documentos e mídias para armazenamento de dados.

O inquérito policial foi instaurado em junho de 2018, após a PF receber informações de inteligência da Secretaria de Previdência Social, que havia detectado inconsistências nos pedidos de aposentadorias em uma agência do INSS em Diadema.

As investigações apontam que os pedidos suspeitos eram relacionados a trabalhadores de bancos, públicos e privados, além de empresas de telefonia, que pleiteavam aposentadoria por tempo de contribuição com tempo a menor, apresentando documentos falsos para comprovar que trabalhariam em condições insalubres ou perigosas, mas essas condições não se verificavam na realidade.

As diligências realizadas pela PF indicam que o grupo criminoso fazia reuniões com pessoas interessadas nesse tipo de aposentadoria todas as segundas-feiras, no interior de um gabinete da Câmara de Vereadores de Santo André.

A estimativa inicial é de que as fraudes possam ter causado um prejuízo de R$ 170 milhões à Previdência. Em razão das evidências trazidas para a investigação, a AGU solicitou o bloqueio patrimonial de alguns envolvidos, para tentar garantir a restituição dos valores desviados e reaver o produto do crime.

Os investigados responderão, de acordo com as condutas praticadas, pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos nos sistemas informatizados, corrupção passiva e estelionato qualificado. O nome da operação, Barbour, remete a um cientista que desenvolveu uma tese de que o tempo, na realidade, não existe.

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