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Polícia faz prisões e apreensões de drogas e armas na Maré

No Conjunto Boa Esperança, policiais do serviço reservado do Batalhão de Choque encontraram uma pistola 9mm e 62 munições


	Favelas do Complexo da Maré: policiais militares prenderam dois irmãos na comunidade da Baixa do Sapateiro
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Favelas do Complexo da Maré: policiais militares prenderam dois irmãos na comunidade da Baixa do Sapateiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 21h05.

Rio de Janeiro - O último dia antes da Operação São Francisco, de ocupação do Complexo da Maré por tropas do Exército e da Marinha, prevista para começar logo nas primeiras horas deste sábado (5), foi marcado por apreensões de drogas e de armas, além da prisão de dois jovens, posteriormente liberados.

Na localidade conhecida como Salsa e Merengue, policiais do Batalhão de Operações com Cães (BAC) encontraram 24 quilos de maconha prensada e uma granada com a ajuda de um cão.

No Conjunto Boa Esperança, policiais do serviço reservado do Batalhão de Choque encontraram uma pistola 9mm e 62 munições. Em outra ação do grupo, foram apreendidos 17 tabletes de maconha hidropônica, cultivada em laboratório e mais forte que a variedade comum.

Ambos os casos foram resultado de informações passadas por meio de denúncias. As apreensões foram apresentadas na 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), responsável pela área e que terá um posto avançado dentro da Maré para apoiar a operação das Forças Armadas.

Policiais militares prenderam dois irmãos na comunidade da Baixa do Sapateiro. Os dois foram levados para a 21ª DP, mas nada apareceu no sistema policial contra eles.

O delegado adjunto Fabrício Costa acompanhou o caso e liberou os jovens, que haviam sido presos por PMs dentro de casa, sem a ocorrência de flagrante nem mandado judicial.

Os pais dos dois jovens ficaram desesperados e procuraram a base de comando do Batalhão de Choque, na Vila do Pinheiro, onde foram atendidos por um integrante da Corregedoria de Polícia, que os acompanhou até o 22º BPM e depois até a 21ª DP.

“A gente não tem dinheiro para contratar advogado. Eles entram na casa da gente quando querem. Pensei logo no [caso] Amarildo. Tiraram ele de casa e não voltou mais”, desabafou o pai de um dos jovens, Alexandre Costa, que trabalha como ajudante de caminhão e disse que os filhos não têm envolvimento com o crime.

Os primeiros veículos militares estavam previstos para entrar na Maré a partir das 20h desta sexta-feira (4). A ocupação em definitivo ocorrerá a partir das primeiras horas da madrugada de sábado, com um efetivo total de 2.700 homens, sendo 2.050 do Exército, 450 dos Fuzileiros Navais e 200 da Polícia Militar.

O contingente agirá dentro do conceito jurídico de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), autorizado por meio de decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff.

Com isso, os militares das Forças Armadas passam a ter poder de polícia, podendo revistar locais e pessoas e prender suspeitos. O prazo para atuação é até 31 de julho deste ano, mas poderá ser estendido, a pedido do governo do estado.

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