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Polícia faz operação contra milícia na Muzema, no Rio

Objetivo é encontrar documentos e computadores para auxiliar na investigação sobre o desabamento de dois prédios na comunidade

Rio de Janeiro: desabamento de dois prédios na Muzema causou 24 mortes e deixou moradores feridos (Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Rio de Janeiro: desabamento de dois prédios na Muzema causou 24 mortes e deixou moradores feridos (Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2019 às 08h46.

Última atualização em 2 de maio de 2019 às 10h08.

Rio de Janeiro — A Polícia Civil realiza nesta quinta-feira (2) uma operação contra a milícia que atua na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. A meta é buscar documentos e computadores para auxiliar no inquérito sobre o desabamento de dois prédios que deixou 24 mortos.

Ao todo, são 20 mandados de busca e apreensão. Além da comunidade, agentes estão em endereços das zonas sul e norte da cidade, além da Baixada Fluminense. Há mandados também para os Estados de Pernambuco e da Paraíba.

Um dos locais que foi alvo das buscas nesta manhã é a sede da Associação de Moradores da Muzema, apontada por testemunhas como uma espécie de imobiliária informal do condomínio onde os prédios desabaram.

Além das buscas, a Polícia Civil procura ainda por três pessoas ligadas aos edifícios que ruíram. Estão foragidos José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, responsável pela construção dos imóveis, e Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa, que atuavam como vendedores. Eles respondem por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

"Estamos recolhendo todo e qualquer material eletrônico. Estamos verificando folhas, anotações, tudo que possa nos fornecer elementos para que possamos fazer a instrução do nosso inquérito", explicou a delegada Adriana Belém, em entrevista à TV Globo.

A ação é coordenada pela Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), responsável pelo inquérito dos desabamentos, em parceria com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), responsável pelas investigações contra milícias no Rio.

Os prédios que desabaram eram ilegais, ou seja, não tinham autorização da prefeitura para a construção. As obras foram embargadas em novembro do ano passado, mas isso não impediu que seus apartamentos fossem ocupados. A polícia busca os responsáveis pelas construções.

Vários outros prédios ilegais construídos na região serão demolidos —16 deles para a construção de um parque, segundo a prefeitura.

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