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Polícia diz empenhar esforços para esclarecer morte de estudante da Maré

Adolescente Marcus Vinícius, de 14 anos, foi baleado durante uma operação policial no Complexo da Maré, no Rio

Polícia Civil divulgou hoje (22) uma nota em que informa que está empenhando "todos os esforços para esclarecer" o ocorrido no Complexo da Maré (Getty/Getty Images)

Polícia Civil divulgou hoje (22) uma nota em que informa que está empenhando "todos os esforços para esclarecer" o ocorrido no Complexo da Maré (Getty/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de junho de 2018 às 11h41.

Última atualização em 22 de junho de 2018 às 11h47.

A Polícia Civil divulgou hoje (22) uma nota em que informa que está empenhando "todos os esforços para esclarecer" a morte do adolescente Marcus Vinícius, de 14 anos, baleado durante uma operação policial no Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, na quarta-feira (20). De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital adotou rigorosamente "todos os protocolos de investigação".

De acordo com a Polícia Civil, a delegacia realizou perícia no local e já ouviu testemunhas que socorreram a vítima. Também foram ouvidos os policiais civis que participaram a operação. São esperados depoimentos de parentes de Marcus Vinícius hoje (22/06) ou, no máximo, na segunda feira (25/06).

Ainda está prevista uma reprodução simulada, em data a ser definida. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), o tiro entrou pelo lado esquerdo das costas, transfixou o corpo e saiu pela barriga. O tiro entrou e saiu em sentido horizontal, o que, segundo a Polícia Civil, indica que o disparo provavelmente foi feito por alguém que estava na mesma altura da vítima. A família de Marcus Vinícius diz que ele foi morto por um policial que estava dentro de um veículo blindado.

Ainda segundo a Polícia Civil, o perito não pôde concluir "se as lesões foram provocadas por projétil com alta energia cinética, o que facilitaria a identificação do tipo de arma usada", diz a nota.

A Delegacia de Homicídios também investiga as mortes dos seis homens que, segundo a Polícia Civil, morreram em confronto com policiais. Até agora, foi apurado que um dos mortos era chefe do tráfico no Caju e outro estava com uma tornozeleira eletrônica. Com eles foram apreendidos fuzis, pistolas e granadas.

A nota da Polícia Civil também informou que está elaborando relatório circunstanciado da operação no Complexo da Maré a ser remetido à Secretaria de Estado de Segurança.

A ação, realizada na última quarta-feira (20), contou com várias unidades da Polícia Civil e teve apoio do Exército e da Força Nacional. O objetivo era cumprir 23 mandados de prisão decorrentes de dois inquéritos sobre o tráfico de drogas, conduzidos pela Delegacia de Combate às Drogas e pela Delegacia da Pavuna (39ª DP). Os inquéritos não têm relação com o que apura a morte do detetive Ellery de Ramos Lemos, atingido em Acari no dia 12 de junho.

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