Diplomas falsos: as penas podem chegar a 13 anos de reclusão (Reprodução/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de julho de 2017 às 18h44.
Goiânia - A Polícia Federal desarticulou um grupo criminoso que falsificava e vendia diplomas de graduação em Medicina.
Criminosos vendiam diplomas falsos a preços entre R$ 100 e R$ 150, inclusive para médicos formados em instituições estrangeiras que queriam se regularizar no Brasil.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em Goiânia e na cidade de Acreúna, a 156 quilômetros da capital goiana.
Os nomes dos envolvidos e das instituições que sofriam a fraude não foram divulgados, mas, segundo a Superintendência da PF em Goiás, a maioria dos diplomas de graduação era de instituições de ensino situadas em Estados do Sul do Brasil.
O esquema funcionava a partir da falsificação dos diplomas de graduação em Medicina e o convencimento dos interessados de que os documentos eram originais, "extraídos das próprias universidades".
Os investigados também "assessoravam" os compradores quando estes compareciam às sedes dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMS), para a obtenção do registro.
Conforme a PF, desde que a investigação foi iniciada, em abril de 2016, foram constatadas seis tentativas de registros no CRM, sendo que em duas situações houve êxito. Tais registros já teriam sido anulados.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, falsidade documental e uso de documento falso, penas que podem, somadas, chegar a 13 anos de reclusão.
Já os que se graduaram em Medicina no exterior e contrataram os serviços do grupo são investigados por uso de documento falso, cuja pena máxima é de 5 anos de reclusão.