Prisão por esquartejamento: outros três suspeitos são considerados foragidos, um deles, argentino (foto/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 10h28.
Sete pessoas suspeitas de terem participado de um ritual satânico, que terminou com o esquartejamento de duas crianças no Rio Grande do Sul, tiveram a prisão preventiva decretada pela Polícia Civil nesta segunda-feira, 8.
Deste total, quatro já estão detidos, inclusive o líder do grupo intitulado como "mestre e bruxo". Outros três suspeitos são considerados foragidos, um deles, argentino.
As informações foram detalhadas em coletiva de imprensa na manhã desta segunda pela Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo que investiga o crime desde o início de setembro do ano passado.
Na época, pedaços de membros humanos como pés, braços, mãos, pernas e troncos foram encontrados por um catador de lixo em Lomba Grande, região rural do município de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. Os restos mortais estavam dentro de sacolas plásticas e caixas de papelão as margens de uma estrada.
Segundo o delegado Moacir Fermino, os restos mortais são de duas crianças argentinas (irmãos - um menino e uma menina), com idades entre 8 e 12 anos. "As crianças foram raptadas em troca de um caminhão roubado", afirmou o delegado.
De acordo com as investigações, o ritual satânico teria custado R$ 25 mil e sido encomendado por dois homens da cidade de Novo Hamburgo que almejavam "prosperidade nos negócios empresariais".
Durante o ritual, que ocorreu em um templo no interior do município de Gravataí, em Morungava, o delegado Fermino afirmou que os discípulos comeram carne (supostamente humana) e beberam sangue. "Um crime bárbaro, cruel", resumiu o delegado.
Três pessoas seguem foragidas. São elas: Jorge Adrian Alves, argentino, Anderson da Silva, que encomendou o ritual e Paulo Ademir Norbert da Silva, outro sócio do ramo imobiliário.