Agência de notícias
Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 10h24.
A Polícia Civil de São Paulo está na rua na manhã desta quinta-feira, 13, para prender o suposto mandante da execução de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de policiais civis.
O alvo apontado como mandante é Emílio Carlos Gongorra Castilho, o Cigarreira, membro do PCC, segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, atual secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública e à frente da força-tarefa que investiga a morte do delator.
De acordo com ele, não há policiais entre os alvos dos mandados de busca e apreensão e prisão de hoje.
O GLOBO apurou que lógica que leva à prisão de Cigarreira como mandante não é compartilhada por todos integrantes da força-tarefa. Cigarreira estaria tratando um câncer e já foi procurado pela polícia até em hospitais em operações passadas. Além disso, não existiriam evidências que ligam Cigarreira aos policiais militares implicados na execução.
Além do mandando de prisão, outros 20 mandados de busca e apreensão são cumpridos pela polícia nesta manhã.
A operação desta manhã é coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Cerca de 120 policiais civis realizam buscas. As viaturas ainda não retornaram.
Desde a data do crime até agora, 26 envolvidos foram presos: 17 policiais militares; cinco policiais civis, presos na Operação Tacitus por suspeita de envolvimento com organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva; quatro pessoas suspeitas de relação com Kauê do Amaral Coelho, apontado como olheiro do PCC, ainda foragido.
Coelho foi o primeiro identificado. Ele atuou como “olheiro” no dia do crime e informou aos atiradores o momento em que a vítima estava saindo do saguão do aeroporto. A SSP oferece R$ 50 mil por informações que levem ao suspeito, que segue foragido. A namorada dele foi presa em janeiro.
Em seguida, um homem que teria auxiliado os atiradores a fugir também foi identificado e preso.
No último mês, a Corregedoria da Polícia Militar deflagrou uma operação contra policiais militares suspeitos de envolvimento com o delator. Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Outros dois PMs foram presos logo na sequência. Entre os detidos estão suspeitos de serem os atiradores e motorista no dia do crime.
Policiais civis que se envolveram em esquemas criminosos com Gritzbach, que era acusado de lavar dinheiro para uma facção criminosa, também foram detidos.