Brasil

Polícia Civil faz operação na Favela da Rocinha, no Rio

A polícia cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão na favela


	Comunidade da Rocinha: a operação é realizada cinco dias depois do intenso tiroteio entre traficantes e policiais militares da UPP da Rocinha
 (Tânia Rêgo/ABr)

Comunidade da Rocinha: a operação é realizada cinco dias depois do intenso tiroteio entre traficantes e policiais militares da UPP da Rocinha (Tânia Rêgo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 10h09.

Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio realiza na manhã desta sexta-feira, 21, uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão na Favela da Rocinha, localizada na zona sul do Rio de Janeiro.

Pelas redes sociais, moradores da comunidade relatam que há troca de tiros. Participam da incursão agentes de diversas delegacias e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil. Até as 9h, não havia informações de presos ou apreensões. Um helicóptero da polícia sobrevoa a favela.

COMANDANTE DAS UPPS FERIDO

A operação é realizada cinco dias depois do intenso tiroteio entre traficantes e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, ocorrido no domingo.

Na ocasião, dois suspeitos foram baleados. Um deles morreu. Além disso, o comandante geral das 37 UPPs do Estado, coronel Frederico Caldas, e a comandante da UPP Rocinha, major Pricilla Azevedo, ficaram levemente feridos. Os dois foram hospitalizados, mas já tiveram alta.

Policiais da UPP disseram informalmente no domingo que os dois oficiais foram atingidos por estilhaços de balas disparadas por traficantes, mas a corporação negou. Segundo o Comando de Polícia Pacificadora, os dois se feriram após uma queda, enquanto procuravam se abrigar.

Caldas teve um corte no olho direito. O coronel foi submetido a uma cirurgia, durante a qual foram retirados fragmentos de plástico, pedra e terra do olho. Não havia vestígios de fragmento de projétil, segundo o CPP. Já Pricilla teve escoriações no pulso.

Durante o tiroteio da madrugada de domingo, o Túnel Zuzu Angel, que liga os bairros de São Conrado e Gávea, na zona sul, um dos mais importantes da cidade, foi fechado com barricadas de pneus em chamas por cerca de três horas. Em pânico, motoristas eram obrigados a voltar pela contramão. O confronto começou depois que traficantes metralharam uma viatura da UPP, por volta das 3h.

A Polícia Civil descobriu que a emboscada ocorreu cerca de uma hora antes do horário planejado para a prisão do traficante Luis Carlos Jesus da Silva, conhecido como Djalma, chefe das bocas de fumo da parte alta da morro. PMs da UPP Rocinha pretendiam prender Djalma, que estava em um bar, às 4h. Os investigadores querem saber o que levou os criminosos a atacar a viatura uma hora antes.

A UPP da Rocinha foi inaugurada em 20 de setembro de 2012, mas os confrontos entre PMs e traficantes têm sido cada vez mais frequentes. Em julho do ano passado, o ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 43 anos, foi morto sob tortura por policiais da UPP após ser detido "para averiguação", apontou investigação da Polícia Civil. O corpo do morador nunca apareceu.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFavelasMetrópoles globaisPolícia CivilRio de JaneiroUPP

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022