Brasil

Polêmica faz defesa de Dilma desistir de uma testemunha

Além de abrir mão de uma testemunha, Cardozo se antecipou e também solicitou que o professor Ricardo Lodi Ribeiro seja requalificado como informante


	Esther Dweck: o advogado de defesa desistiu de ouvi-la como testemunha do processo
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Exame)

Esther Dweck: o advogado de defesa desistiu de ouvi-la como testemunha do processo (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 11h15.

No segundo dia do julgamento final do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, diante de uma polêmica envolvendo a ex-secretária de Orçamento, Esther Dweck, o advogado de defesa desistiu de ouvi-la como testemunha do processo.

A advogada de acusação, Janaína Paschoal, que também é uma das autoras da denúncia que motivou o processo contra Dilma Rousseff, colocou em suspeição a ex-secretária de Orçamento sob o argumento de que a mesma foi nomeada assessora “por uma parlamentar que é uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma”, no caso, a senadora Gleisi Hoffmann.

"Na política a vingança é sempre maligna. Percebo que há intenção de desqualificar a professora Esther Dweck. Ela participou diretamente dos processos dos decretos, tem grande informação a respeito e, por isso, foi chamada como testemunha. O fato de ser nomeada a um cargo —e não foi ainda—, não significa nada, ela tem vínculo de origem. É professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)", disse Cardozo que decidiu retirá-la do rol das testemunhas " para não expor a professora a ataques de vingança".

Além de abrir mão de uma testemunha, logo no início dos trabalhos hoje, Cardozo se antecipou e também solicitou que o professor Ricardo Lodi Ribeiro, que seria a última testemunha a ser ouvida, seja requalificado como informante "por ter atuado como assistente de perícia".

Testemunha de acusação

Em outra questão de ordem, o advogado de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo também pediu que a testemunha de acusação Antônio D'Ávila, auditor do TCU (Tribunal de Contas da União), passe a constar nos autos apenas como informante. O argumento é de D'ávila admitiu ontem ter auxiliado o procurador Júlio Marcelo a redigir a peça de acusação contra a presidente Dilma Rousseff.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais de Brasil

PF investiga incêndios criminosos no Pantanal em área da União alvo de grilagem usada para pecuária

Nunes tem 26,8%, Boulos, 23,7%, e Marçal, 21%, em SP, diz Paraná Pesquisas

Mancha de poluição no rio Tietê cresce 29% em 2024, 3ª alta anual consecutiva

'Perigo': Inmet alerta para tempestades no Sul e baixa umidade no centro do país; veja previsão