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PMs presos?; Cabral e Eike denunciados…

Lá vai uma chalana O indicado por Michel Temer para o Supremo, Alexandre de Moraes, participou de uma reunião com diversos senadores a bordo de um suntuoso barco do senador Wilder Moraes (PP-GO). A reunião, que só se tornou conhecida nesta sexta, foi uma espécie de sabatina informal para o cargo. No encontro, Moraes respondeu […]

RIO DE JANEIRO: familares de policiais fizeram protestos em 27 batalhões  / Ricardo Moraes/ Reuters

RIO DE JANEIRO: familares de policiais fizeram protestos em 27 batalhões / Ricardo Moraes/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 18h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h44.

Lá vai uma chalana

O indicado por Michel Temer para o Supremo, Alexandre de Moraes, participou de uma reunião com diversos senadores a bordo de um suntuoso barco do senador Wilder Moraes (PP-GO). A reunião, que só se tornou conhecida nesta sexta, foi uma espécie de sabatina informal para o cargo. No encontro, Moraes respondeu perguntas sobre sua atuação profissional, sua ligação com o deputado cassado Eduardo Cunha e seu período advogando para uma cooperativa de ônibus paulista que é acusada de ter ligações com o PCC. Há relatos que os senadores cobraram do indicado um melhor relacionamento com o legislativo, reclamando, inclusive, de não serem recebidos por ministros do Supremo em audiências reservadas. Alexandre de Moraes emitiu uma nota dizendo que foi “surpreendido” pelo local da reunião – a chalana Champagne é conhecida em Brasília por receber animados convescotes de parlamentares.

Temer fala

Depois de quase uma semana, o presidente Michel Temer falou pela primeira vez sobre o caos na segurança pública que vive o Espírito Santo. Por meio de nota, o presidente classificou a greve dos policiais como “ilegal” e “inaceitável”. Temer ainda afirmou que o povo “não pode ficar refém” do movimento. Como a categoria militar não pode fazer greve, parentes dos policiais ocuparam a frente dos quarteis, impedindo a realização da troca de turno. Nos sete dias de paralisação até aqui, pelo menos 121 pessoas foram mortas e os saques e prejuízos ao comércio somam pelo menos 220 milhões de reais.

PMs presos

Mais de 700 policiais foram indiciados pelo crime de revolta no Espírito Santo. O crime é configurado quando militares se reúnem, com armas, ocupando os quarteis e se recusando a responder pela ordem de um superior. Caso sejam condenados, os policiais podem ser expulsos da corporação e ficar presos entre 8 e 20 anos. O secretário de Segurança do estado, André Garcia, disse que, se for preciso, demitirá todos os policiais e fará novo concurso, ressaltando que, uma vez que o processo é começado, não cabe mais ao governo estadual anistiar, ou perdoar, os militarem em greve.

A vez do RJ

No Rio de Janeiro, parentes dos policiais também se encaminharam, nesta sexta-feira, para a frente dos batalhões na tentativa de forçar uma greve por melhores condições e salários. O secretário de Segurança do estado, Roberto Sá, garantiu que isso não vai acontecer. Ele afirmou que 95% do efetivo está nas ruas trabalhando. Dos 100 batalhões, os policiais encontraram dificuldades para sair em apenas 5 – houve protesto em outros 22. Em um dos batalhões, PMs derrubaram um muro para conseguirem sair para trabalhar. Sá, no entanto, admitiu que a manifestação é justa, mas disse que as 16 milhões de pessoas do estado não podem ficar reféns de uma greve. Os policiais cariocas não receberam nem 13º, nem as gratificações referentes ao ano passado.

Militares a postos

As Forças Armadas estão com pelo menos 30.000 militares a postos para irem às ruas caso necessário. Segundo apurou a revista Veja, existe a possibilidade de greve em pelo menos quatro estados – Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Os militares seriam deslocados para fazer a segurança pública nesses lugares de maneira mais rápida do que aconteceu no Espírito Santo.

MPF denuncia Eike e Cabral

O Ministério Público Federal denunciou, nesta sexta, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o empresário Eike Batista e mais seis pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro. É a primeira denúncia da Operação Eficiência, o braço carioca da Lava-Jato. Na quarta, a Polícia Federal já havia indiciado Cabral e Eike por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os dois estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Moro nega liberdade a Cunha

O juiz federal Sergio Moro negou o pedido de liberdade do deputado cassado Eduardo Cunha. Ele alegava que sofre de aneurisma, a mesma doença que matou a ex-primeira-dama Marisa Letícia, além de dizer que nada justifica sua prisão preventiva. Cunha publicou na quinta um artigo no jornal Folha de S.Paulo no qual acusa Moro de o manter preso como um troféu. Moro disse, no despacho, que a “prisão preventiva não é retaliação, mas o necessário cumprimento da lei”.

 

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