Rocinha: segundo o policial militar, o veículo desobedeceu a uma ordem de parar (Bruno Kelly/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 25 de outubro de 2017 às 21h28.
Os dois policiais envolvidos na morte da turista espanhola Maria Esperanza, baleada com um tiro no pescoço na segunda-feira (23), na Rocinha, foram libertados pela Justiça Militar.
A decisão foi tomada hoje (25) pela juíza Ana Paula Monte Barros, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A juíza concedeu liberdade provisória ao tenente Davi dos Santos Ribeiro e ao soldado Luiz Eduardo de Noronha Rangel.
Em depoimento, Ribeiro reconheceu ter sido autor do disparo de fuzil que atingiu a turista no pescoço. A magistrada, no entanto, decretou que os acusados sejam afastados das atividades externas.
"Conforme se depreende dos autos, o suposto crime foi praticado, em tese, no exercício da função de policial militar e em razão dela, mostrando-se imprescindível o afastamento dos ora indiciados de sua atividade-fim, embora, ao menos em princípio, não se mostre necessária e adequada a imposição de prisão preventiva", destacou a juíza.
O carro em que estavam Maria Esperanza e outras quatro pessoas, que faziam um tour pela favela, foi alvejado duas vezes pelo tenente.
Segundo o policial militar, o veículo desobedeceu a uma ordem de parar. Os ocupantes do veículo disseram não ter escutado aviso de parada nem visto qualquer blitz no caminho.