Taser: "Se esse equipamento for usado de maneira incorreta ou de maneira má intencionada, pode matar uma pessoa", ressaltou o comandante do Choque (Ethan Miller/Getty Images/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2012 às 17h37.
Rio de Janeiro – O Batalhão de Choque da Polícia Militar fluminense está preparando os seus policiais para o uso correto de armas consideradas não letais, principalmente as elétricas, conhecidas como tasers. Hoje (7), 440 militares concluíram o curso que teve a duração de quatro meses.
O comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse que o curso representa uma mudança de paradigma para a corporação. "É a mudança de cultura. Nós temos que trabalhar inclusive a cabeça do policial que, o mais importante não é a vaidade dele em prender, mas sim, de um trabalho em equipe. Isso é um trabalho profissional e inteligente que toda a polícia do mundo faz".
De acordo com a subsecretária de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança Pública, Juliana Barroso, responsável pelo treinamento, a proposta é levar o curso, a partir do próximo ano, para outros setores da corporação como o Centro de Formação e Aperfeiçoamento dos Praças (Cfap) e a Academia da Polícia Militar (Acadepol) e, a partir de 2014, expandir para os batalhões do interior do estado.
Juliana Barroso destacou que o treinamento não está sendo feito apenas a fim de preparar os policiais os grandes eventos esportivos que ocorrerão do Rio, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, mas para também dar mais segurança à população fluminense. "Estamos nos preparando para os grandes eventos, somos responsáveis, mais acima de tudo, estamos preparando a polícia para servir ao povo do Rio de Janeiro”.
Para o comandante do Batalhão de Choque, tenente coronel Fábio Almeida, as aulas teóricas, práticas e as simulações envolvendo cenários em diversas situações, foram fundamentais para a assimilação das abordagens feitas pelos alunos. Segundo Almeida, não adianta o batalhão receber novos equipamentos e não preparar os policiais. “O que não pode é dar uma arma para um cara e ele não saber usar. Se esse equipamento for usado de maneira incorreta ou de maneira má intencionada, pode matar uma pessoa", ressaltou.