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PMs acusados de sequestro podem ir a júri popular

Os PMs Edilberto Barros do Nascimento, Isaias Souza do Carmo, Rubens da Silva e Ubirani Soares estão presos desde julho de 2011

Abertura de abrigos vai acontecer depois da ocupação da Polícia Militar na região da Cracolândia (Divulgação/PMSP)

Abertura de abrigos vai acontecer depois da ocupação da Polícia Militar na região da Cracolândia (Divulgação/PMSP)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2012 às 22h38.

Rio de Janeiro - O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, decidiu nesta sexta-feira que os quatro policiais militares acusados de sequestrar e assassinar o menino Juan Moraes Neves, de 11 anos, em junho de 2011, vão a júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada, porque os réus ainda podem recorrer da pronúncia (isto é, da decisão de levá-los ao Tribunal do Júri). Os PMs Edilberto Barros do Nascimento, Isaias Souza do Carmo, Rubens da Silva e Ubirani Soares estão presos desde julho de 2011.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), na noite do dia 20 de junho do ano passado, os PMs Isaias e Edilberto atiraram contra as vítimas Igor de Souza Afonso, o menor Juan Moraes Neves, que morreram, e outras duas, que ficaram feridas, na saída de um beco no bairro Danon, em Nova Iguaçu. Ainda segundo o MP-RJ, os policiais Ubirani e Rubens participaram dando "cobertura" à execução do crime. O corpo do menino teria sido deixado por PMs às margens do Rio Botas, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O corpo foi achado no local dez dias após a operação dos PMs do 20º Batalhão (Mesquita) na comunidade Danon. A autoria da ocultação do cadáver de Juan ainda está sendo investigada em outro inquérito.

Os quatro PMs foram denunciados à Justiça em setembro de 2011 por dois homicídios duplamente qualificados e duas tentativas de homicídio duplamente qualificado, com as agravantes referentes ao fato de uma das vítimas ser menor de idade e a abuso de poder por parte dos agentes públicos. Eles negam as acusações.

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