O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "vamos a cada uma das medidas que vai ser votada pedir a votação nominal", disse (Gustavo Lima/Câmara)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2013 às 23h38.
Brasilia - Logo após ver sua emenda rejeitada pelo plenário da Câmara, o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que adotará medidas regimentais que, na prática, visam a dificultar a votação da Medida Provisória dos Portos (MP 595/2012).
Embora tenha negado se tratar de uma retaliação, Cunha disse que, agora, nos demais destaques "é preciso realmente todo mundo mostrar a cara naquilo que quer votar".
"Então, o PMDB quer votar nominalmente os destaques. Não queremos obstruir, queremos votar nominal. O PMDB vai querer em cada emenda, em cada destaque, que a votação seja nominal, para que a gente possa botar o dedo. Vamos a cada uma das medidas que vai ser votada pedir a votação nominal", disse.
Eduardo Cunha liderou uma rebelião da base aliada em relação à MP e dificultou a vida do governo na aprovação da MP dos Portos. A emenda dele, contudo, foi barrada por um placar de 270 votos contrários, 172 favoráveis e outras sete abstenções.
O líder do PMDB pedia que a prorrogação dos contratos firmados após 1993 pudesse ocorrer a critério do poder concedente, por uma única vez, e pelo prazo máximo previsto no contrato. A condição era que o arrendatário realizasse investimentos. Também propôs que litígios envolvendo contratos no setor portuário pudessem ser resolvidos por meio de arbitragem. Essas duas propostas fazem parte de acordo com o governo.
Já a possibilidade de ampliação das linhas poligonais que delimitam o porto somente após a realização de audiência pública e a delegação das licitações para os governos estaduais não fazem parte desse acerto.