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PMDB foi o partido que mais arrecadou para campanha

Em segundo lugar no ranking está o PSD, que recebeu R$ 15,1 milhões. A legenda foi fundada em 2011 e, pela primeira vez, irá passar por uma eleição geral


	Caixa do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, conta com R$ 28,5 milhões
 (José Cruz/Agência Senado)

Caixa do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, conta com R$ 28,5 milhões (José Cruz/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 10h10.

Brasília - O PMDB foi o partido que, até agora, mais arrecadou recursos para a campanha eleitoral deste ano, segundo levantamento feito pelo jornal "O Estado de S. Paulo" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em contrapartida, o PT, que governa o país há 12 anos, aparece apenas em oitavo colocado no ranking, atrás de legendas recém-criadas como o PSD e o Solidariedade.

Em valores atualizados, o PT chega a arrecadar menos em comparação ao mesmo período de 2010. Já os partidos com nomes novos na disputa presidencial, o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos, conseguiram ampliar os recursos que deverão irrigar as campanhas nacional e nos Estados.

O levantamento não considera valores oriundos do Fundo Partidário cujo doador não pode ser identificado e os referentes a 2010 estão corrigidos pelo IPCA.

O caixa do PMDB, partido que ocupa a vice-presidência da República com Michel Temer - candidato a vice de Dilma Rousseff (PT) -, conta com R$ 28,5 milhões, mais que os R$ 10,9 milhões levantados na primeira parcial de 2010.

Àquela época, a sigla não ocupava o Palácio do Jaburu, sede da vice-presidência. A maior parte dos recursos vem de empresas das áreas de construção e engenharia.

Um total de R$ 12,4 milhões foi depositado na conta do partido por representantes destes dois setores. A maior doadora da legenda vem, no entanto, de outra área: telecomunicações. De acordo com dados do TSE, a Telemont Engenharia de Telecomunicações S/A contribuiu com R$ 5,7 milhões.

Neste caso as doações foram feitas em duas transferências eletrônicas para o diretório nacional em 10 de julho, quatro dias após o inicio oficial das campanhas eleitorais.

Segundo o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o aumento se deve ao fato de o partido passar a concentrar no diretório nacional as doações feitas às campanhas aos governos estaduais e também ao trabalho de Temer.

"Todos os candidatos a governador estão arrecadando pelo PMDB nacional. É natural que tenha dado essa turbinada. Em 2010, o PMDB tinha 11 candidatos a governador e agora tem 18. Além disso, o vice-presidente também arrecada pelo nacional", disse Raupp.

Novato

Em segundo lugar no ranking está o PSD, que recebeu R$ 15,1 milhões. A legenda foi fundada em 2011 e, pela primeira vez, irá passar pelo crivo das urnas numa eleição geral. O motivo do desempenho é atribuído a seu presidente, Gilberto Kassab. "Não tenho dúvida de que é resultado da capacidade do Kassab de arrecadar", disse o secretário-geral da sigla, Saulo Queiroz.

O PP ficou em terceiro lugar, com R$ 14,1 milhões. O partido, que se aliou à chapa presidencial do atual governo apenas neste ano, ficou "neutro" na eleição de 2010. Naquela ocasião, na primeira rodada de declarações, a legenda contava com R$ 254 mil. Um foco na ampliação da bancada da Câmara é o motivo alegado pelo tesoureiro-geral do PP, Ricardo Barros.

Os dados revelam que houve uma maior disposição para doações ao diretório nacional do PSDB quando o candidato era José Serra. Em 2010, na primeira parcial, os tucanos somaram R$ 6,8 milhões. Neste ano, descontados os valores do Fundo Partidário, ela chega a R$ 10,4 milhões.

O número de depósitos nas contas do PSB, que disputa a Presidência neste ano com Eduardo Campos, também cresceu. Em 2010, quando não tinha candidato na disputa ao Planalto, o diretório nacional da legenda arrecadou R$ 6,6 milhões (valores corrigidos). O montante neste ano chega a R$ 9,9 milhões.

O PT da presidente Dilma Rousseff soma na primeira rodada R$ 6,2 milhões. Em 2010, os petistas contavam com R$ 6,9 milhões. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. O vice-presidente do PT, José Guimarães, não quis comentar o assunto. O secretário-geral da legenda, Geraldo Magela, não ligou de volta após recado deixado com a assessoria.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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