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PMDB é a nova pedra no caminho

O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem planos de entregar nesta quarta-feira uma carta que pede a saída de investigados na Operação Lava-Jato da cúpula de comando do PMDB. O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência encontrou uma forma de chamar para si a atenção do Executivo. O constrangimento atinge de forma evidente […]

ROMERO JUCÁ: é nele que Carlos Marun (PMDB-MS) mira para constranger Michel Temer e tentar espaços / Fabio Pozzebom/ Agência Brasil (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

ROMERO JUCÁ: é nele que Carlos Marun (PMDB-MS) mira para constranger Michel Temer e tentar espaços / Fabio Pozzebom/ Agência Brasil (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2017 às 07h06.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.

O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem planos de entregar nesta quarta-feira uma carta que pede a saída de investigados na Operação Lava-Jato da cúpula de comando do PMDB. O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência encontrou uma forma de chamar para si a atenção do Executivo. O constrangimento atinge de forma evidente Romero Jucá (PMDB-RR), principal articulador de Michel Temer no Congresso e presidente do PMDB.

Marun, que agora faz pose de moralizador, foi outrora o maior escudeiro de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante seu processo de cassação. Ao tentar gerar eco na proposta, tenta angariar algum espaço na pauta reformista de Temer. “O presidente Temer está sendo extremamente pragmático para aprovar suas reformas, então, sofre com alguma exposição deste tipo como efeito colateral”, afirma Wagner Parente, diretor da consultoria Barral M Jorge.

Se há um diagnóstico a tirar do teatro de Marun, é a desorganização dentro do partido. No Congresso, foi a impressão que ficou desde a queda de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) da articulação política. No PMDB da Câmara, por exemplo, a eleição da Mesa Diretora criou insatisfação generalizada com o líder Baleia Rossi (SP), que a mando do governo trabalhou pela eleição de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) na 1ª Vice-Presidência, derrotado por Fábio Ramalho (PMDB-MG). Ramalho rompeu com o governo, que não lhe concedeu benesses mesmo depois da vitória.

Para acentuar o clima de incerteza, surgiram as acusações de José Yunes contra Eliseu Padilha (PMDB-RS). O presidente Temer teve de chamar para si as negociações com o Congresso e sinalizou ao baixo clero com a condução de André Moura (PSC-SE) à liderança do governo no Congresso. Agora, somado a Antonio Imbassahy (PSDB-BA), sucessor de Geddel, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara, e o própria Jucá, precisam começar reorganizando o PMDB para manter o calendário da reforma da Previdência. O resultado da enquete do jornal Folha de S. Paulo, em que metade dos parlamentares da comissão especial discordam dos pilares da reforma, mostra que não há tempo a perder.

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