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"PMDB deu argumentos sobre golpe", diz Cristovam Buarque

Ex-ministro de Lula e hoje opositor do PT, senador afirmou que PMDB daria razão ao PT se tentasse assumir a presidência


	Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) : "ao gritar 'Temer Presidente' na hora em que se afastou do governo, o PMDB deu argumentos ao PT".
 (José Cruz/Agência Senado)

Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) : "ao gritar 'Temer Presidente' na hora em que se afastou do governo, o PMDB deu argumentos ao PT". (José Cruz/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 11h12.

São Paulo - Ex-ministro da Educação no governo Luiz Inácio Lula da Silva e atualmente opositor do PT, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) divulgou nesta quarta-feira, 30, em seu perfil no Facebook uma mensagem criticando o PMDB e afirmando que uma eventual tentativa da sigla em assumir a Presidência daria razão aos argumentos do PT de que o partido estaria tramando um golpe contra o mandato de Dilma.

"Fui dos primeiros a protestar quando o PT começou a manipular a opinião pública dizendo que impeachment, mesmo dentro da Constituição, é golpe, quando contra a Presidente Dilma. Mesmo que não fosse contra Collor, nem contra FHC, como o PT tentou. Mas ao gritar 'Temer Presidente' na hora em que se afastou do governo, o PMDB deu argumentos ao PT", afirmou o parlamentar em seu perfil oficial na rede social.

Um dos criadores do bolsa-escola, embrião do Bolsa Família que veio a ser implementado em todo o país a partir do governo Lula, Cristovam Buarque deixou o PT em 2005 em meio ao escândalo do mensalão e desde então tem sido um crítico dos governos petistas.

Na ocasião ele se filiou ao PDT, partido que decidiu deixar em fevereiro deste ano após desentendimentos com a cúpula da sigla que defende a candidatura de Ciro Gomes à Presidência em 2018.

Como divulgou o jornal O Estado de S. Paulo, a avaliação da cúpula do PMDB é de que a decisão de romper com a gestão Dilma - há dez anos a legenda era formalmente ligada a governos petistas - foi o primeiro passo concreto para acelerar o andamento do impeachment.

Primeiro, dentro do próprio partido. A ala separatista do PMDB calcula que a bancada do partido na Câmara tem 60 votos a favor do impeachment e os outros nove contra.

Já os governistas do partido dizem que 30 votos são contra o impeachment e outros 30 são instáveis e acompanharão o lado que entendem que vão ganhar.

Normalidade institucional

Procurado pela reportagem às 9h47 desta quarta-feira, a assessoria do PMDB informou que "quem tem se manifestado sobre a situação política no Brasil, demonstrando a perfeita normalidade institucional que vivemos neste momento, é o Supremo Tribunal Federal".

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