Confúcio Moura (PMDB): operação da PF envolveu o governador reeleito de Rondônia (Divulgação/Confúcio Moura)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2014 às 19h17.
Brasília - A deflagração da Operação Plateias, que envolveu o governador reeleito de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), fez a cúpula do partido atuar para tentar circunscrever a ação da Polícia Federal a um problema local.
Cinco caciques da legenda consultados pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, preferiram não se manifestar e o presidente em exercício do PMDB local, Tomás Correia, foi incumbido a responder pelo caso.
"É uma questão localizada em Rondônia e a direção do partido lá é que deve responder", disse o deputado Eliseu Padilha (RS), presidente da Fundação Ulysses Guimarães.
Procurados por meio das assessorias, o vice-presidente Michel Temer, que é presidente nacional do PMDB, e o senador Valdir Raupp (RO), aliado de Confúcio, não se manifestaram.
Já os senadores Vital do Rêgo (PB) e Romero Jucá (RR) disseram que nem sabiam da operação da PF.
A Operação Plateias desarticulou organização criminosa formada por lobistas e agentes públicos responsáveis por direcionamento de licitações. Confúcio Moura chegou a prestar depoimento na superintendência da PF no Estado.
A investigação apurou que empresas interessadas em participar nos processos licitatórios no Estado precisavam doar para campanhas eleitorais.
Escalado pela tentar circunscrever os possíveis danos ao Estado, Tomás Correia negou que a operação da PF coloque em xeque a reeleição do governador peemedebista.
"Não creio que tenha isso (o poder de colocar em xeque a reeleição)", afirmou. "Não vejo vinculação com essa eleição em si", completou.
Mesmo tendo ressalvado que não dispõe de detalhes da ação da PF, o presidente do PMDB de Rondônia saiu em defesa de Confúcio.
"Eu conheço bem o governador, desde 1982. Conheci como médico bem-sucedido e sinceramente tenho absoluta certeza de que é um homem correto de suas ações", afirmou.
Segundo Correia, as apurações da PF dizem respeito a fatos "de lá de trás", referentes à primeira eleição do governador. Para ele, a ação seria consequência de uma operação anterior que investigou irregularidades na Secretaria de Saúde estadual.