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PM usa bomba para impedir passeio em rodovia, dizem ciclistas

A "Tradicional Descida a Santos", que aconteceria na manhã deste domingo, foi proibida pelo juiz Celso Lourenço Morgado

Santos: ciclistas afirmam que foram hostilizados pela força policial com balas de borracha e gás de pimenta (nenozen/Thinkstock)

Santos: ciclistas afirmam que foram hostilizados pela força policial com balas de borracha e gás de pimenta (nenozen/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de dezembro de 2017 às 16h12.

Última atualização em 10 de dezembro de 2017 às 16h18.

São Paulo - Ciclistas denunciaram em redes sociais que a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogênio para barrar a realização do passeio chamado de "Tradicional Descida a Santos", na manhã deste domingo, dia 10 de dezembro.

O evento, organizado via Facebook, foi proibido pelo juiz Celso Lourenço Morgado, da Comarca de São Bernardo do Campo. Na liminar, o juiz afirma que o documento "não discute o direito de ir e vir, nem a liberdade de reunião" (garantias constitucionais).

No Facebook, ciclistas afirmam que um grupo que passou pelo bloqueio, na altura do Km 40 da Rodovia Anchieta, sentido litoral, foi hostilizado pela força policial com balas de borracha e gás de pimenta. Há relatos que vários grupos estavam descendo a via pela contramão.

Ho Song afirma que a concentração para o passeio começou às 10h e por volta das 12h15 houve um tumulto, no início da Serra.

"O que era para ser um passeio prazeroso acabou virando essa palhaçada. Crianças, mulheres e muita gente de outras cidades e até de outros estados vieram. É um evento tradicional que acontece uma vez ao ano", explicou Song.

Em nota, a Ecovias (concessionária que administra a rodovia) disse que não é contrária aos eventos cicloativistas pela rodovia. A concessionária afirma que espera que a realização de eventos como este não comprometa a segurança dos usuários, estejam eles em veículos motorizados ou não.

No texto, a Ecovias diz que, para esclarecer as providências necessárias para autorização pelos órgãos competentes - Artesp, DER e Policiamento Rodoviário -, a empresa já se reuniu e dialogou com diversos grupos de cicloativistas. Não foi o caso da "Tradicional Descida a Santos 2017", cujos organizadores não fizeram qualquer consulta prévia à concessionária.

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