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PM usa bomba de efeito moral para dispersar professores

De acordo com a corporação, as bombas foram atiradas porque os policiais militares sentiram-se acuados pela multidão


	Professores da rede municipal protestam: protesto foi engrossado por volta das 13h com a chegada de professores da rede estadual
 (Fernando Frazão/ABr)

Professores da rede municipal protestam: protesto foi engrossado por volta das 13h com a chegada de professores da rede estadual (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 15h32.

Rio - Pelo menos cinco bombas de efeito moral foram atiradas na tarde desta terça-feira, 01, por policiais militares na Cinelândia (Centro do Rio) contra manifestantes que protestavam contra o Plano de Cargos e Salários dos professores da rede de ensino da Prefeitura do Rio.

Entre as centenas de manifestantes havia cerca de 50 mascarados vinculados ao grupo Black Blocs, apontados pela Polícia Militar (PM) como envolvidos nos atos de violência que têm caracterizado os protestos iniciados em junho no Rio.

De acordo com a corporação, as bombas foram atiradas porque os policiais militares sentiram-se acuados pela multidão. A PM informou ainda não ter condição de saber se há feridos e presos.

O protesto, que desde cedo reúne manifestantes nas imediações da Câmara de Vereadores, local da votação, foi engrossado por volta das 13h com a chegada de professores da rede estadual, que participavam de ato no Largo do Machado (Laranjeiras, zona sul).

Está previsto para as 16h o início da votação do Plano de Cargos e Salários da categoria. Como o projeto de lei 442/2013, enviado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), tramita em regime de urgência, ele deverá ser votado em segunda discussão ainda nesta terça-feira. O sindicato que representa os professores da rede municipal, que estão em greve, é contra a proposta.

Todos os acessos ao Palácio Pedro Ernesto estão interditados desde o início da manhã com grades. O policiamento está reforçado dentro e no entorno da Casa com guardas municipais e policiais militares, grande parte deles do Batalhão de Choque, especializados em ações de combate.

A Câmara informou que o público será impedido de acompanhar as votações no plenário. Cada vereador terá direito a distribuir apenas uma senha de acesso às galerias. A Casa tem 51 parlamentares, sendo que 12 pertencem a partidos que não são da base do governo.(Adriano Barcelos, Marcelo Gomes e Sergio Torres)

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