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PM-SP captura 517 presos que fugiram antes de isolamento por coronavírus

Nesta segunda-feira, cerca de 1,4 mil presos escaparam das penitenciárias de Mongaguá, Tremembé, Porto Feliz e Mirandópolis

PM de SP: as unidades abrigam apenas presos em regime semiaberto (Roosevelt Cassio/Reuters)

PM de SP: as unidades abrigam apenas presos em regime semiaberto (Roosevelt Cassio/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 17 de março de 2020 às 15h41.

Última atualização em 17 de março de 2020 às 16h02.

A Polícia Militar de São Paulo recapturou nesta terça-feira 17 um total de 517 detentos que fugiram de quatro presídios do estado antes da suspensão de suas saídas temporárias do regime semiaberto devido ao surto do novo coronavírus, informaram autoridades penitenciárias.

A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (SAP-SP) alegou que a situação já está controlada, embora ainda realize uma contagem para determinar o "número exato de fugitivos". Na noite desta segunda-feira 16, cerca de 1.400 presos escaparam das penitenciárias de Mongaguá, Tremembé, Porto Feliz e Mirandópolis, um dia antes do início do isolamento.

As unidades abrigam apenas presos em regime semiaberto, no qual eles têm a possibilidade de sair para trabalhar ou estudar durante o dia e retornar, e ainda têm direito a cinco saídas temporárias por ano, segundo a secretaria.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou um grande fluxo de prisioneiros fugindo de uma prisão. A Reuters não conseguiu verificar a veracidade ou a localização do vídeo.

Em nota, a SAP-SP informou que "atos de insubordinação" ocorreram nas penitenciárias antes da suspensão da saída temporária, prevista para esta terça-feira.

A instituição acrescentou que a suspensão era necessária, já que "contemplaria mais de 34.000 sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados."

O estado de São Paulo é casa do Primeiro Comando da Capital (PCC), principal facção criminosa do país, que está se expandindo rapidamente pelo Brasil e para países vizinhos. O PCC trafica armas e drogas.

As penitenciárias superlotadas do país frequentemente são palco de rebeliões entre facções rivais.

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