Brasil

PM-RJ cria posto em comunidade onde ocorreu chacina

A inauguração ocorreu três semanas após uma chacina promovida por traficantes da comunidade


	Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro: outras três pessoas teriam sido executadas por traficantes da Chatuba no mesmo fim de semana
 (Marcello Casal Jr./ABr/Agência Brasil)

Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro: outras três pessoas teriam sido executadas por traficantes da Chatuba no mesmo fim de semana (Marcello Casal Jr./ABr/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 15h56.

Rio de Janeiro - A Polícia Militar do Rio inaugurou nesta sexta-feira (28) a sede da 5ª Companhia Integrada de Segurança Pública, no interior da Favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Formada por dois contêineres, que contam com ar-condicionado e banheiro para os policiais, a nova unidade terá efetivo de 136 homens (divididos em quatro turnos) e 16 viaturas.

A inauguração ocorreu três semanas após uma chacina promovida por traficantes da comunidade, que resultou na morte de pelo menos nove pessoas. Nenhuma das vítimas tinha antecedentes criminais. "O conceito da companhia independente é o mesmo de um batalhão da PM. O que ocorre é que os batalhões não têm efetivo para fazer o policiamento rotineiro e menos ainda para fazer o patrulhamento diferencial numa determinada região. Em todas as companhias independentes inauguradas até agora tivemos de alocar policiais de fora.

Esta 5ª companhia vai se dedicar exclusivamente a esta comunidade (Chatuba)", disse o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame. "Mas a companhia não é uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), que demanda muito mais efetivo. Tem áreas em que uma companhia não resolve, como o Morro do Chapadão (zona norte da capital), devido à dimensão que (a violência) atingiu lá historicamente", acrescentou.

Durante a solenidade de inauguração, cabos eleitorais de dois candidatos a prefeito de Mesquita empunhavam bandeiras, distribuíam santinhos e gritavam músicas de campanha. No último dia 10, os corpos de seis jovens foram achados às margens da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura de Mesquita. Segundo a polícia, as vítimas foram mortas a tiros por traficantes da Chatuba.

Moradores de Nilópolis, os rapazes foram tomar banho de cachoeira no Parque Natural de Gericinó, que dá acesso à Favela da Chatuba, na vizinha Mesquita, no dia 8 de setembro, sábado. No dia seguinte, parentes dos rapazes foram à polícia registrar o sumiço deles. As vítimas foram identificadas como Josias Searles, de 16 anos; Victor Hugo da Costa, de 17 anos; Patrick Machado de Carvalho, de 17 anos; Douglas Ribeiro da Silva, de 17 anos; Glauber Figueira Eugênio, de 17 anos; e Christian de França Vieira, de 19 anos.

Outras três pessoas teriam sido executadas por traficantes da Chatuba no mesmo fim de semana. O pastor Alexandro Lima foi assassinado a tiros de fuzil no último dia 8, enquanto fazia uma caminhada próximo ao Parque de Gericinó. Já o cadete da PM José Augusto foi executado na região no mesmo dia. O corpo de José Aldeci da Silva Júnior também foi localizado na área do parque natural.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCrimecrime-no-brasilMetrópoles globaisPolícia MilitarRio de JaneiroViolência urbana

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas