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PM retira à força estudantes que ocupavam escola em São José

A PM informou que agiu no exercício da autotutela, que permite a retomada de prédios públicos invadidos sem a necessidade de ordem judicial

PM: a ocupação aconteceu na manhã de terça-feira, 22, e os estudantes bloquearam a entrada de professores e alunos usando cadeados nos portões de acesso (Tomaz Silva/Agência Brasil)

PM: a ocupação aconteceu na manhã de terça-feira, 22, e os estudantes bloquearam a entrada de professores e alunos usando cadeados nos portões de acesso (Tomaz Silva/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 16h32.

Sorocaba - A Polícia Militar retirou à força cerca de 25 estudantes que ocupavam a Escola Estadual Benedito Matarazzo, em São José dos Campos, na tarde desta quarta-feira, 23.

Alguns alunos resistiram e tiveram de ser arrastados para fora do prédio. A escola havia sido ocupada no dia anterior em protesto contra a as mudanças no ensino médio e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do governo federal que limita os gastos públicos.

A PM informou que agiu no exercício da autotutela, que permite a retomada de prédios públicos invadidos sem a necessidade de ordem judicial. Integrantes do Conselho Tutelar acompanharam o despejo.

Os estudantes foram encaminhados para uma delegacia da Polícia Civil, onde prestariam depoimento. Em redes sociais, os alunos postaram imagens e protestaram contra o que chamaram de truculência policial.

A corporação informou em nota que duas garotas de 19 e 20 anos, e um rapaz de 24, que não seriam estudantes e estavam do lado de fora da escola, teriam praticado desacato contra os policiais usando palavras agressivas.

Conforme a versão da PM, quando uma das garotas foi detida, o rapaz investiu contra um dos policiais, que teria feito uso de força "necessária" para sua detenção.

Já os estudantes disseram que o rapaz foi agredido. Um grande número de pessoas se aglomerou na rua durante a desocupação.

A ocupação aconteceu na manhã de terça-feira, 22, e os estudantes bloquearam a entrada de professores e alunos usando cadeados nos portões de acesso.

Numa reunião entre alunos, conselheiros tutelares e um promotor da Vara da Infância, à tarde, foi tentada a desocupação pacífica, mas os alunos não concordaram e passaram a noite no local.

A Diretoria Regional de Ensino informou ter buscado o diálogo para evitar que a maioria dos alunos ficasse sem aulas, mas houve intransigência. As aulas perdidas serão repostas.

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