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PM realiza reintegração de prédios do Minha Casa, no Rio

Por volta das 8h40, oficiais de Justiça chegaram ao local para começar a cumprir decisão de reintegração de posse dos 240 apartamentos

PM em Guadalupe: oficiais entraram com alguns comandantes de batalhões da operação (Tomaz Silva/Agência Brasil)

PM em Guadalupe: oficiais entraram com alguns comandantes de batalhões da operação (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 15h18.

Rio de Janeiro - O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro ocupa desde as 5h desta quarta-feira, 19, as duas comunidades no entorno do condomínio do Minha Casa, Minha Vida invadido há 12 dias por mais de 200 famílias em Guadalupe, na zona norte da capital fluminense.

Por volta das 8h40, os oficiais de Justiça chegaram ao local para começar a cumprir a decisão de reintegração de posse dos 240 apartamentos, distribuídos em 11 prédios.

De acordo com o porta-voz da PM, tenente-coronel Claudio Costa, a operação foi tranquila e os oficiais percorriam sem problemas os 240 apartamentos.

Apesar do policiamento ostensivo no entorno do condomínio, os oficiais entraram somente com alguns dos comandantes dos batalhões que fazem parte da operação.

O efetivo da PM segue concentrado nas favelas no entorno dos prédios e na porta; dentro do condomínio, só oficiais de Justiça, alguns funcionários da prefeitura e os poucos moradores que ainda tiram seus pertences, como colchões, roupas e TVs, sem resistência ao cumprimento da decisão de reintegração de posse.

"Eu morava de aluguel, abandonei o barraco em que morava e vim para cá. Agora vou voltar para lá e ver se alguma amiga me abriga até conseguir um novo lugar para morar", disse Célia Rodrigues, de 63 anos, que empurrava seus objetos rua acima em um caixote velho com rodas.

Já Celi Santana, de 41 anos, lembrou a declaração do prefeito Eduardo Paes (PMDB).

"Esquece governador, prefeito. Aqui, só quem nos tratou como gente foi o comandante da PM. Eu só queria que o Eduardo Paes estivesse aqui para ver a cara dessas crianças, trabalhadores e idosos que ele chamou de vagabundos."

Invasão

Nos primeiros dias de ocupação, criminosos armados foram flagrados dentro do condomínio e nas comunidades do entorno.

Segundo o tenente-coronel, Claudio Costa, eram traficantes de comunidades vizinhas que estavam de passagem pelo condomínio - os prédios foram construídos na área do Complexo do Chapadão, principal zona de confronto hoje entre policiais e criminosos no Rio, que não conta com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Para evitar ataques de traficantes durante a ocupação, militares do Bope ocuparam as Favelas do Gogó e Pedra Rasa, que ficam ao lado dos prédios.

A rua em frente ao condomínio está interditada e moradores estão sendo impedidos de passar.

Um hospital de campanha foi montado pelo Corpo de Bombeiros e haverá apoio também de ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), garantiu a PM.

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