Aeroporto de Congonhas (Daniela Moreira/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2012 às 10h49.
São Paulo - O policial militar que provocou o fechamento do Corredor Norte-Sul e a suspensão dos pousos no Aeroporto de Congonhas, na tarde de anteontem, deve ser indiciado por atentado contra a segurança de transporte aéreo. Ele está internado no Hospital São Paulo, na zona sul, desde que foi resgatado da torre de aproximação do aeroporto, sem previsão de alta. O crime contra a segurança aérea é previsto no artigo 261 do Código Penal, com pena de 2 a 5 anos de reclusão.
Segundo o boletim de ocorrência registrado sobre o caso na Delegacia do Aeroporto de Congonhas, o policial estava fardado, armado com uma faca e chegou a ameaçar colegas de farda que tentaram resgatá-lo. Ele tinha também uma corda amarrada em seu pescoço, segundo nota da Polícia Militar. Na sexta-feira, por volta das 16h30, o policial - que estava afastado de suas funções e passava por tratamento psiquiátrico - subiu na torre de aproximação da Washington Luís, na altura da Avenida dos Bandeirantes. O equipamento serve para orientar a aproximação dos pilotos.
Além da faca, ele estava com rojões que, também segundo o boletim de ocorrência registrado sobre o caso, foram disparados no alto da torre, ameaçando as aeronaves que aterrissavam em Congonhas. Segundo a polícia, os disparos foram feitos contra policiais e bombeiros que tentaram resgatá-lo.
O Hospital São Paulo não deu informações sobre o estado de saúde do policial nem quando ele deve deixar o hospital. Quando sair, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, deverá prestar depoimento na delegacia do aeroporto. A estrutura onde o policial subiu permanecia ontem sem nenhum tipo de reforço para evitar novos atos como o ocorrido na sexta. Ontem, o aeroporto operou normalmente, segundo a Infraero. Apenas dois voos, dos 73 programados, foram cancelados até as 13h30. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.