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PM encontra cápsulas da Guarda Civil em locais de chacina

As primeiras são de uso da Guarda Civil Metropolitana e última arma é de uso das Forças Armadas, disse o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes


	De acordo com o secretário, esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado
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De acordo com o secretário, esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 15h58.

São Paulo - A Polícia de São Paulo encontrou várias cápsulas, de armas de calibre 38, .380 e uma pistola 9 mm, nos locais onde 19 pessoas morreram e sete ficaram feridas durante ataques na noite desta quinta-feira, 13, em Osasco, Barueri e Itapevi.

As primeiras são de uso da Guarda Civil Metropolitana e última arma é de uso das Forças Armadas, disse o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes.

De acordo com o secretário, esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado.

A polícia trabalha com a hipótese de que os ataques tenham relação entre si. Também há a suspeita de que as mortes tenham ocorrido em reação ao latrocínio de um policial militar em Osasco e um guarda civil metropolitano em Barueri.

"Das seis primeiras vítimas identificadas, cinco tinham antecedentes criminais. Estamos analisando se há relação disso com os fatos", disse Moraes. Se houver indício (da participação da PM nos crimes), a Corregedoria da PM vai auxiliar nas investigações".

Testemunhas relataram que, antes de atirar, os criminosos teriam questionado sobre quem tinha passagem policial. O secretário disse que perguntar sobre o passado criminal e usar coturno é "típico de quem quer fingir que é um policial".

Embora não descarte a participação de policiais, a Corregedoria da PM não está na força-tarefa montada pela Secretaria de Segurança Pública.

"A Corregedoria investiga quando há indícios de participação da PM". Segundo Moraes, o governo do Estado trabalha com algumas hipóteses de investigação: represália em função do latrocínio de um PM em Osasco, reação ao latrocínio de um GCM em Barueri, guerra por tráfico de entorpecentes e todas as outras hipóteses juntas.

Ainda de acordo com Moraes, todos os corpos foram retirados do local - alguns levados para o IML de Osasco e outros para o IML de São Paulo.

Sequência

Três pessoas morreram em Barueri, 15 em Osasco e uma em Itapevi. O primeiro ataque ocorreu em um bar na Rua Antônio Benedito Ferreira, em Osasco, com 8 mortos e 2 feridos.

O segundo evento se deu em Barueri, na rua Moacir Sales D'ávila, com uma vítima assassinada.

A polícia identificou por relato de testemunhas e imagens de câmeras de segurança o envolvimento de dois carros de cor prata. No primeiro ataque, há relatos de que os criminosos teriam chegado ao bar, em Osasco, em um Peugeot prata.

Os casos de Osasco foram registrados nos bairros de Jardim D'ávila, Jardim Munhoz Júnior, Rochdale, Jardim Helena Maria e Vila Menk. Todos os bairros ficam na zona norte da cidade.

Na Vila Menk, duas mulheres ficaram feridas na Rua Suzano e estão internadas. Outro ataque no mesmo bairro feriu quatro pessoas, sendo que uma morreu.

Em Barueri, duas pessoas morreram às 23h16 no Parque dos Camargos, após um ataque na Rua Irene. Outra pessoa morreu às 22h16 na Rua Carlos Lacerda, no bairro de Engenho Novo.

A investigação é feita pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, e concentrada no 10º DP (Jardim Baronesa) de Osasco.

"Ainda não é possível dizer que foram orquestrados, mas (os ataques) foram sequenciais e quase que simultâneos", disse o sargento Monteiro, do Centro de Operações da Polícia Militar em Osasco.

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