Protestos: pelo Brasil, ao menos 75 das 102 universidades e institutos federais do país convocaram protestos (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de maio de 2019 às 16h01.
Porto Alegre — A Brigada Militar utilizou bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Os alunos protestavam contra cortes nas faculdades federais e institutos anunciados pelo Ministério da Educação (MEC).
A polícia resolveu intervir após estudantes bloquearem uma rua. Não há relatos de pessoas feridas. Nesta tarde, os estudantes vão promover um abraço simbólico ao Instituto de Educação e à Faculdade de Educação. Para as 18h, está prevista uma manifestação na Esquina Democrática, também no centro da cidade.
Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na região central do Estado, a rótula de acesso à instituição está bloqueada por manifestantes desde as 8 horas. Ainda em Santa Maria, mais de 80 escolas também aderiram à greve geral da Educação.
Filmado agora há pouco na UFRGS. Começou cedo a repressão. pic.twitter.com/KEO8iNlqhf
— Frodito (@eifrodo) May 15, 2019
Pelo menos 75 das 102 universidades e institutos federais do país convocaram protestos para esta quarta-feira, em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação (MEC).
Eles têm apoio de universidades públicas estaduais de diversos Estados — incluindo São Paulo, onde os reitores de USP, Unicamp e Unesp convocaram docentes e alunos para "debater" os rumos da área.
Um dos alvos do protesto, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse na terça-feira (14), que as universidades precisam deixar de ser tratadas como "torres de marfim" e não descartou novos contingenciamentos.