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Plenário da Câmara aprova a criação da TLP

A matéria segue agora para análise do Senado Federal, onde precisa ser aprovada antes de 7 de setembro, quando a MP perde a validade

Câmara: a aprovação da redação final foi feita em votação simbólica (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara: a aprovação da redação final foi feita em votação simbólica (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 16h56.

Brasília - A Câmara dos Deputados concluiu na tarde desta quarta-feira, 30, a votação da Medida Provisória 777 de 2017 que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), a nova referência para os empréstimos de longo prazo.

A aprovação da redação final foi feita em votação simbólica após a derrubada de três destaques apresentados pela oposição.

A matéria segue agora para análise do Senado Federal, onde precisa ser aprovada antes de 7 de setembro, quando a MP perde a validade.

Pela MP, a nova taxa vale a partir de janeiro do próximo ano e será substituta da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

A TLP é uma das principais apostas do governo para reduzir o subsídio que o Tesouro Nacional tem de dar hoje para viabilizar os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cuja principal referência é a TJLP.

Além disso, a nova taxa de juro aumentará a potência da política monetária, o que poderá resultar em taxa Selic mais baixa no futuro.

Hoje, o banco de fomento empresta dinheiro a empresas pela TJLP. Fixada pelo governo, a taxa está em 7% ao ano, juro menor do que o custo que o Tesouro tem para se financiar no mercado por meio da emissão de títulos públicos, que é a taxa básica de juros (Selic), de 9,25% ao ano.

A TLP deverá oscilar conforme as taxas de mercado e tem como principal referência o juro das Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B).

Além da redução do subsídio, Banco Central e Ministério da Fazenda consideram a Taxa de Longo Prazo importante, pois ela estaria mais próxima dos parâmetros de mercado e contribuiria para a política monetária.

Com a TLP, a avaliação é de que a eficácia da taxa básica de juros também aumentaria no controle da inflação. A nova taxa é uma das principais medidas legislativas defendidas pelo BC para modernizar o mercado de crédito no Brasil.

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