(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 13h17.
Última atualização em 1 de dezembro de 2020 às 16h40.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse nesta terça-feira, 1, que o Plano Nacional de Imunização contra a covid-19 só vai sair depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a vacina.
Na semana passada, o Ministério da Saúde disse que pretendia entregar até a próxima sexta-feira, 4, aos estados e municípios o plano de vacinação para a covid-19.
“É fundamental pensarmos que esse plano operacional para a vacinação da covid-19, ele só definitivamente ficará pronto, fechado, quando tivermos uma vacina ou mais de uma, que esteja registrada na Anvisa. E ela precisa mostrar seus dados de segurança e eficácia para a população brasileira”, disse ele em entrevista coletiva sobre o combate à Aids.
Ainda de acordo com Medeiros, a imunização só vai começar depois que a vacina atingir alguns critérios, como segurança, capacidade de criar memória imunológica, uso seguro em diferentes faixas etárias, e preferencialmente ser em dose única.
O plano deve prever uma campanha nacional, inicialmente direcionada a grupos prioritários como profissionais de saúde, idosos e pessoas com comorbidades.
Ele ainda destacou que o ideal é que a vacina possa ser armazenada por longos período em temperaturas que variem entre 2 e 8 graus C. “Toda a nossa rede de frios é montada e estabelecida nesta variação”, afirmou.
As vacinas de RNA, como a da Pfizer, precisam ser armazenadas em temperaturas muito baixas, de cerca de -70ºC, enquanto vacinas de DNA podem ser guardadas em temperatura ambiente.
Para o Plano Nacional de Imunização, o país vai contar com uma rede de 38 mil salas de vacinação e 114 mil vacinadores. “Esse programa, apesar do país ser continental, tem uma expertise de imunizar, por décadas.Temos 52 centros de referência e cerca de 30 vacinas gratuitas no portfólio”, disse Medeiros.