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Plano de demissão na USP terá início nos próximos dias

O PDV, criticado por setores dentro da universidade, prevê a aposentadoria antecipada de 1,7 mil funcionários


	USP: a medida é uma das principais apostas do novo reitor para aliviar a folha de pagamento da universidade
 (Cecília Bastos /Jornal da USP/ USP Imagens)

USP: a medida é uma das principais apostas do novo reitor para aliviar a folha de pagamento da universidade (Cecília Bastos /Jornal da USP/ USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 08h59.

São Paulo - O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, já assinou a portaria que implementa o plano de demissão voluntária (PDV) de servidores técnico-administrativos. A norma sobre o programa, aprovado em setembro pelo Conselho Universitário, órgão máximo da USP, deve ser publicada nos próximos dias no Diário Oficial do Estado.

O PDV, criticado por setores dentro da universidade, prevê a aposentadoria antecipada de 1,7 mil funcionários, com idade entre 55 e 67 anos.

A medida é uma das principais apostas de Zago para aliviar a folha de pagamento da USP, que gasta 106,3% dos repasses do Estado com salários e recorre a reservas financeiras para manter as contas.

O plano, segundo a USP, representará diminuição de até 7% nos gastos da reitoria com a folha salarial, a depender da adesão dos funcionários, que começará logo após a publicação da portaria.

Os desligamentos, que serão estimulados com benefícios financeiros a quem se interessar, só começarão no próximo ano e docentes não participam. Para o PDV, a USP estima gastar até R$ 400 milhões.

O sucesso do plano, de acordo com Zago, pode ajudar na retomada de algumas obras, como o Anfiteatro Guarnieri e o segundo prédio do Centro de Difusão Internacional, ambos no câmpus Butantã, zona oeste da capital, e na contratação de professores. Para frear os gastos da universidade, Zago suspendeu as obras e as contratações em fevereiro.

Outra proposta do reitor para equilibrar as finanças ainda está pendente. Zago propôs transferir o Hospital Universitário, em São Paulo, e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru, para a Secretaria Estadual de Saúde.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), porém, afirma não ter interesse em assumir os hospitais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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