Brasil

Planalto vê pesquisa sobre Temer dentro do esperado

De acordo com a pesquisa Ibope, encomendada pela CNI, apenas 13% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, e 39% o veem como ruim ou péssimo


	Temer: de acordo com a pesquisa Ibope, encomendada pela CNI, apenas 13% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, e 39% o veem como ruim ou péssimo
 (Valter Campanato/Agência Brasill)

Temer: de acordo com a pesquisa Ibope, encomendada pela CNI, apenas 13% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, e 39% o veem como ruim ou péssimo (Valter Campanato/Agência Brasill)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 14h01.

Brasília - O Palácio do Planalto considerou como dentro do esperado o resultado da pesquisa divulgada nesta sexta-feira sobre o governo do presidente interino Michel Temer, que apontou aprovação de 13 por cento, e avaliou que ainda há um efeito de rejeição generalizada à política.

“Foi mais ou menos dentro do que se esperava. A aprovação está melhor do que a da presidente afastada Dilma Rousseff. O que se espera é uma reação quando acabar a interinidade”, disse uma fonte palaciana.

De acordo com a pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apenas 13 por cento dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, e 39 por cento o veem como ruim ou péssimo.

Ao deixar o Planalto, Dilma Rousseff tinha 10 por cento de aprovação.

O Planalto reconhece que a série de denúncias que atingiram e derrubaram ministros, em poucas semanas de governo, ajudou a prejudicar a imagem do governo.

A intenção do Planalto é não deixar a rejeição aumentar nas semanas até a votação do impeachment para recuperar a aprovação depois, quando Temer, efetivado no cargo, poderia tomar medidas mais efetivas.

Nesse período, o presidente interino deve procurar contato com grupos que tem aprovação assegurada, como o realizado na quinta-feira com presidentes de associações comerciais, que foram ao Planalto demonstrar apoio ao governo.

Na segunda-feira, Temer irá a São Paulo para uma palestra no Global Agribussiness Forum, onde irá receber um documento de apoio de diferentes associações de agronegócio.

A estratégia vai limitar, por enquanto, as viagens do presidente interino. Chegou-se a cogitar uma visita a duas cidades do Nordeste, canceladas na última hora.

A região, onde a simpatia por Dilma e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é muito forte, é considerada campo minado pelo Planalto. Temer deve se concentrar em regiões onde tem mais apoio e onde as manifestações tendem a ser menores ou inexistentes.

Daí a ida ao Rio de Janeiro e ao interior do Paraná. Antes de qualquer viagem, o Planalto faz uma “sondagem política”, a começar pelos prefeitos das cidades a serem visitadas –se são ou não da base– existência de movimentos sociais organizados e qual a simpatia pelo governo na região.

Na próxima semana, o governo continuará investindo em tentar gerar notícias positivas. Além do evento em São Paulo, Temer se reunirá com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e senadores para tratar da retomada de obras paradas e da chamada Agenda Brasil, uma séire de projetos proposta por Renan.

Acompanhe tudo sobre:GovernoMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar