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Planalto vê com tranquilidade atos contra reforma da Previdência

O Planalto passou o dia monitorando os protestos mas, segundo uma fonte, a adesão não deve alterar nem o conteúdo nem o cronograma da reforma

Palácio do Planalto: centenas de milhares de pessoas, segundo os organizadores, participaram de manifestações contra a reforma da Previdência na tarde desta quarta (Adriano Machado/Reuters)

Palácio do Planalto: centenas de milhares de pessoas, segundo os organizadores, participaram de manifestações contra a reforma da Previdência na tarde desta quarta (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2017 às 20h59.

BRASÍLIA (Reuters) - O Palácio do Planalto viu com "tranquilidade" as manifestações contra a reforma da Previdência que tomaram várias cidades do país nesta quarta-feira, mas a avaliação foi de que a estratégia usada pelos organizadores deu aos atos uma dimensão maior do que a real, disse à Reuters uma fonte palaciana.

"O governo acompanha e respeita as manifestações, mesmo sendo de setores minoritários da sociedade, porque são parte da democracia", disse a fonte.

A estratégia de paralisar os serviços de transporte público, trens e metrô, nas grandes cidades teria dado aos protestos a aparência de uma dimensão que eles na realidade não tiveram, avaliou essa fonte.

"Foi uma estratégia bem articulada para parecer maior", disse.

Centenas de milhares de pessoas, segundo os organizadores, participaram de manifestações contra a reforma da Previdência na tarde desta quarta, depois que pela manhã várias categorias fizeram paralisações, incluindo no transporte público, o que levou a dificuldades de locomoção em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.

O presidente Michel Temer não comentou os protestos em nenhum dos dois eventos públicos que teve nesta quarta.

Mas, ao lançar um programa do Banco do Brasil para microempresários, afirmou que a sociedade "pouco a pouco" vai entendendo a necessidade de reformar a Previdência.

O Planalto passou o dia monitorando os protestos mas, segundo a fonte, a adesão não deve alterar nem o conteúdo nem o cronograma da reforma.

No entanto, o governo vai investir em mudanças na estratégia de comunicação.

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