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Planalto começará a punir deputados que votaram contra Temer

Cerca de 40 deputados podem perder cargos; o objetivo com as mudanças na administração é contemplar o "centrão", que apoiou o presidente na Câmara

Michel Temer: a denúncia apresentada contra Temer foi votada no último dia 2 (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: a denúncia apresentada contra Temer foi votada no último dia 2 (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 20h10.

Última atualização em 17 de agosto de 2017 às 20h13.

Brasília - O presidente Michel Temer deve começar a punir nas próximas semanas cerca de 40 deputados da base aliada que votaram a favor da denúncia apresentada contra ele na Câmara.

Os líderes do governo no Congresso, deputados André Moura (PSC-SE) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentaram ao Palácio do Planalto uma lista dos "infiéis" e esperam agora que eles percam os cargos que possuem no governo.

Como cada parlamentar costuma ter mais de uma indicação, o número de trocas pode chegar a mais de 80 cargos.

O objetivo com as mudanças na administração federal é contemplar o chamado "centrão", grupo formado por partidos como o PP, PR e PSD, que somam cerca de 150 deputados.

Os parlamentares desses partidos votaram majoritariamente a favor de Temer, ao contrário de outras legendas da base, como o PSDB, que rachou.

A denúncia apresentada contra Temer foi votada no último dia 2 de agosto na Câmara.

Desde então, o centrão vem cobrando que os deputados 'infiéis' sejam punidos e ameaçando votar contra o governo nas reformas econômicas e até mesmo em não barrar uma eventual segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviada contra o peemedebista.

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