Brasil

Planalto reconhece que derrota na reforma trabalhista é mau sinal

Temer se reuniu logo depois do resultado da votação com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, para avaliar o resultado

Temer: "Os líderes da Câmara vão se reunir para avaliar o cenário e se tiver condições põe para votar amanhã novamente", disse uma das fontes (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: "Os líderes da Câmara vão se reunir para avaliar o cenário e se tiver condições põe para votar amanhã novamente", disse uma das fontes (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 18 de abril de 2017 às 21h11.

Brasília - O Palácio do Planalto reconheceu que a derrota na votação da urgência para a reforma trabalhista foi um "mau sinal", mas é reversível, e tenta reorganizar a base para tentar votar o requerimento novamente na quarta-feira, disseram à Reuters fontes palacianas.

O presidente Michel Temer se reuniu logo depois do resultado da votação com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, para avaliar o resultado, que deu ao governo apenas 230 votos, quando o mínimo necessário era 257.

"Os líderes da Câmara vão se reunir para avaliar o cenário e se tiver condições põe para votar amanhã novamente", disse uma das fontes.

O Planalto adotou a desculpa dada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que cometeu um erro regimental ao encerrar muito rápido a votação, impedindo que alguns parlamentares chegassem ao plenário.

"Havia quórum na casa. Mas mais de 40 parlamentares não conseguiram chegar para votar", justificou a fonte. A votação foi encerrada em 16 minutos. "Estavam achando que estava fácil, mas teve resistências", completou a fonte.

O governo admite que terá que "discutir a relação" com alguns partidos da base. Titular do Ministério das Minas e Energia com Fernando Bezerra Filho, o PSB deu 19 dos seus 31 votos contra a urgência. O PR, nove de 27. E mesmo no PMDB, partido do presidente, oito de 48 deputados votaram contra a urgência.

"Não tem como não dizer que não é um mau sinal", disse outra fonte, acrescentando, no entanto, que "é reversível".

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGoverno TemerReforma da PrevidênciaReforma trabalhista

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas