Brasil

Planalto e petistas rifam Vargas e atuam por renúncia

Na avaliação de ministros e dirigentes petistas, o caso Vargas pode alimentar a CPI da Petrobras e desgastar a candidaturas de petistas


	Deputado André Vargas (PT-PR): a situação de Vargas é definida no Planalto como "delicadíssima", insustentável num ano eleitoral
 (Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados)

Deputado André Vargas (PT-PR): a situação de Vargas é definida no Planalto como "delicadíssima", insustentável num ano eleitoral (Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 10h02.

Brasília e São Paulo - O Palácio do Planalto e a cúpula do PT vão pressionar o deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, a renunciar ao mandato.

Na avaliação de ministros e dirigentes petistas, o caso Vargas pode alimentar a CPI da Petrobras, desgastar ainda mais a presidente Dilma Rousseff, que concorrerá à reeleição, e prejudicar as candidaturas do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo e da senadora Gleisi Hoffmann à sucessão paranaense.

No Planalto, o comentário é que o pedido de licença do deputado, apresentado ontem, não resolve a questão. A situação de Vargas é definida no Planalto como "delicadíssima", insustentável num ano eleitoral.

A bancada do PT na Câmara vai se reunir hoje para avaliar o assunto. Vargas está em Brasília, mas até agora não se sabe se ele participará do encontro. Na quinta-feira, a Executiva Nacional do partido também vai se reunir, em São Paulo, e deve ser nomeada uma comissão interna para que Vargas dê explicações.

O presidente do PT, deputado Rui Falcão, conversou ontem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise política. "Até a semana passada o PT tratava o caso como um assunto pessoal do deputado. Agora, diante das novas informações, a executiva nacional terá que discutir o caso", disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

"Sempre temos que trabalhar com a presunção da inocência mas o PT não convalida este tipo de relação, se é que ela existe."

Consequências. O PT teme que a permanência de Vargas no Legislativo dê munição ao PSDB e acabe respingando em Padilha, que era ministro da Saúde e agora é candidato à sucessão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Além disso, adversários de Gleisi, no Paraná, também já começaram a usar as denúncias para atingir a campanha do PT.

Alguns deles integrantes da sigla comparam o caso de Vargas ao do ex-dirigente Silvio Pereira, obrigado a deixar o PT após ser presenteado por uma empresa com um Land Rover. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Andre VargasCâmara dos DeputadosPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU