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Planalto divulga indicados por Dilma à Comissão da Verdade

A Comissão, cuja criação foi proposta em 2009, terá um prazo de dois anos para investigar as violações de direitos humanos ocorridas no regime militar

Dilma foi torturada e passou três anos presa durante o regime militar (Antonio Cruz/ABr)

Dilma foi torturada e passou três anos presa durante o regime militar (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2012 às 10h10.

Brasília - O Diário Oficial desta sexta-feira trará os nomes dos escolhidos pela presidente Dilma Rousseff para integrar a Comissão da Verdade, criada para esclarecer crimes e abusos contra direitos humanos cometidos no país entre 1946 e 1988, período que engloba o regime militar (1964-1985).

A comissão será composta por sete membros -o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, o ex-procurador-geral da República Cláudio Fontelles, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, o embaixador Paulo Sérgio Pinheiro, a psicanalista Maria Rita Kehl e os advogados Rosa Maria Cardoso da Cunha e José Paulo Cavalcanti Filho.

Um dos sete será escolhido para presidir a comissão. A posse está marcada para a próxima quarta-feira e contará com as presenças dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor de Mello.

O anúncio foi feito no início da noite desta quinta pelo porta-voz da Presidência, Thomas Trauman, depois de encontro da presidente Dilma Rousseff com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.

O convite aos sete integrantes foi feito nesta quinta pela presidente.

A Comissão, cuja criação foi proposta em 2009, terá um prazo de dois anos para investigar as violações de direitos humanos ocorridas no período.

A lei que cria a comissão foi sancionada por Dilma em novembro do ano passado. Durante sua tramitação no Congresso, houve polêmica em torno do ponto que dava exclusivamente à presidente o direito de escolher os integrantes.

Dilma foi torturada e passou três anos presa durante o regime militar.

Ao sancionar a lei, a presidente afirmou que a aprovação da Comissão era um "passo decisivo" na consolidação da democracia brasileira.

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