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Planalto decide não se manifestar sobre fechamento de fronteira por Maduro

O presidente da Venezuela anunciou nesta quinta-feira que fechará a passagem com o Brasil nesta noite

Bolsonaro: ainda não há previsão de reunião entre os ministros palacianos para discutir o assunto (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro: ainda não há previsão de reunião entre os ministros palacianos para discutir o assunto (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 16h56.

O Palácio do Planalto decidiu não se manifestar sobre o anúncio do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de que mandará fechar a fronteira terrestre entre o país e o Brasil.

Em nota, a assessoria de imprensa do Planalto afirmou que "não haverá manifestação sobre o assunto". Ainda não há previsão de reunião entre os ministros palacianos para discutir o assunto.

Antes do comunicado de Maduro, o governador de Roraima, Antonio Denarium, esteve no Planalto, pela manhã, para reuniões com os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e Secretaria de Governo Alberto Santos Cruz.

Eles discutiram o planejamento para envio de ajuda humanitária. O encontro, porém ocorreu antes do anúncio de fechamento da fronteira. Denarium retornará para Roraima no período da noite.

Na terça-feira (19), o porta-voz do governo Jair Bolsonaro, Otávio do Rêgo Barros, comunicou que o governo brasileiro vai enviar alimentos e medicamentos na fronteira com a Venezuela no dia 23 de fevereiro para atender ao pedido do líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e tem o apoio de diversos países.

"A ajuda, que inclui alimentos e medicamentos, será disponibilizada em território brasileiro, em Boa Vista e Pacaraima, Estado de Roraima, para recolhimento pelo governo do Presidente Encarregado Juan Guaidó, por caminhões venezuelanos conduzidos por venezuelanos", dizia nota do Ministério de Relações Exteriores e lida pelo porta-voz.

Ainda de acordo com o texto, a operação ocorre em cooperação com o governo dos Estados Unidos e é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Participam da força-tarefa para definir a logística da operação a Casa Civil da Presidência da República, os Ministérios da Defesa, da Agricultura, da Cidadania, da Saúde e do Gabinete de Segurança Institucional, entre outros.

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