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Pizzolato se entrega na Itália após anúncio de extradição

O ex-diretor do Banco do Brasil se entregou à polícia de Maranello, cidade próxima a Modena, onde deve ficar preso


	Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil: a decisão final sobre volta do brasileiro caberá ao Ministério da Justiça da Itália
 (Wikimedia Commons)

Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil: a decisão final sobre volta do brasileiro caberá ao Ministério da Justiça da Itália (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 09h34.

Roma - O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão se apresentou à polícia italiana nesta quinta-feira, 12, após a instância máxima da Justiça na Itália autorizar sua extradição para o Brasil. Pizzolato se entregou à polícia de Maranello, cidade próxima a Modena, onde deve ficar preso.

O julgamento ocorreu nessa quarta-feira, 11, em Roma, mas a sentença foi pronunciada apenas hoje. Pela decisão da Corte, "existem condições para a extradição", numa referência à situação das prisões no Brasil, e das garantias dadas pelo governo. Sempre confiei na Justiça italiana", afirmou Miqueli Gentiloni, advogado contratado pelo Brasil para defender o caso.

"Eu nunca vi alguém esperar uma extradição em casa", complementou.

Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão. Mas, há um ano e cinco meses, fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado.

Ele acabou sendo preso na cidade de Maranello e, em setembro do ano passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo. Ao sair da prisão, declarou que havia fugido para "salvar sua vida".

Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a condição das prisões no País. A decisão final sobre volta do brasileiro caberá ao Ministério da Justiça da Itália.

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