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Pivô da "Máfia da Merenda" falta a depoimento em CPI

O presidente da CPI, Marcos Zerbini (PSDB), disse que a comissão ainda vai avaliar qual medida tomar em relação à falta de Chebabi


	Fraude: o presidente da CPI, Marcos Zerbini (PSDB), disse que a comissão ainda vai avaliar qual medida tomar em relação à falta de Chebabi
 (Rovena Rosa/ Agência Brasil)

Fraude: o presidente da CPI, Marcos Zerbini (PSDB), disse que a comissão ainda vai avaliar qual medida tomar em relação à falta de Chebabi (Rovena Rosa/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 16h40.

São Paulo - Pivô da "Máfia da Merenda" em São Paulo, o ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) Cassio Chebabi faltou ao depoimento marcado para esta terça-feira, 16, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa do Estado São Paulo (Alesp) para investigar o esquema de superfaturamento de contratos de alimentação escolar com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e prefeituras paulistas, além do pagamento de propina de agentes públicos e políticos.

A presença de Chebabi era muita aguardada pelos parlamentares da oposição. Após ser preso pela Operação Alba Branca em janeiro deste ano, apontou em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Polícia Civil de Bebedouro, na região de Ribeirão Preto, o presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), e o deputado federal e ex-secretário estadual de Transportes Duarte Nogueira (PSDB) como beneficiários da propina paga pela Coaf. Ambos negam.

O presidente da CPI, Marcos Zerbini (PSDB), disse que a comissão ainda vai avaliar qual medida tomar em relação à falta de Chebabi a uma convocação da comissão.

Em acordo de delação premiada com o MPE, Chebabi admitiu as fraudes em licitações para fornecimento de suco de laranja. Executivos e vendedores da cooperativa afirmam que ele foi o grande operador do esquema criminoso.

O executivo disse que Capez e Nogueira receberam uma propina de 10% sobre contratos da Coaf com a Secretaria de Estado da Educação no governo Alckmin, que assinou três negócios com a cooperativa no valor de R$ 13,5 milhões para fornecimento de suco de laranja.

Ele cita ainda que o lobista Marcel Ferreira Júlio, filho do ex-deputado Leonel Júnior, e o vendedor da Coaf César Augusto Lopes Bertholino como operadores da máfia responsáveis pelos pagamentos de propina. Marcel Júlio também fez acordo para colaborar com as investigações.

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