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Pista do Célio de Barros será reconstruída pelo governo

Pista de atletismo foi demolida pelo consórcio que fez a reforma do Maracanã


	Vista aérea das obras de reforma do Maracanã, em dezembro de 2012: Ministério do Esporte recebeu um pedido de verba para a reconstrução da pista demolida 
 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

Vista aérea das obras de reforma do Maracanã, em dezembro de 2012: Ministério do Esporte recebeu um pedido de verba para a reconstrução da pista demolida  (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 20h56.

Rio - Demolida pelo consórcio que fez a reforma do Maracanã, a pista de atletismo do estádio Célio de Barros deve ser reconstruída não com recursos privados, mas públicos. O Ministério do Esporte informou ter recebido do governo do Rio um pedido de verba para a reconstrução da pista, ao custo de R$ 10 milhões. O ministro Aldo Rebelo deu parecer favorável à solicitação, que deve ser oficialmente aprovada até o fim do mês, segundo o secretário nacional de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser.

A proposta foi apresentada pelo governo do Rio há 10 dias. O Ministério do Esporte, segundo Leyser, não vê problema em custear com dinheiro público a recuperação de um equipamento que foi derrubado pela iniciativa privada. "Se fosse o parque aquático Júlio Delamare, aí realmente haveria um problema. O Célio de Barros não foi reformado para o Pan de 2007. O Delamare, sim (com verba do governo federal)", disse nesta quinta o secretário, no Rio.

"Aquela pista já teria de ser refeita", justificou o representante do Ministério do Esporte. Durante a reforma do Maracanã, que teve custo final de R$ 1,2 bilhão e foi conduzida pelo consórcio Maracanã 2014 (formado por Odebrecht e Andrade Gutierrez), a pista de atletismo do Célio de Barros foi demolida para primeiro ser usada como um grande canteiro de obras e depois, durante a Copa das Confederações, como estacionamento.

A demolição de Célio de Barros e Júlio Delamare estava prevista no edital de concessão do Maracanã à iniciativa privada, vencida pelo consórcio formado por Odebrecht, AEG e a IMX de Eike Batista. Em 29 de julho, pressionado pela onda de protestos no Rio - muitos exigindo que a concessão do estádio fosse cancelada -, o governador Sérgio Cabral (PMDB) anunciou que o parque aquático não mais seria demolido. Em 2 de agosto, comunicou que o mesmo aconteceria com o estádio de atletismo, embora a pista já não mais existisse.

Os dois centros de treinamento estão fechados, sem previsão de reabertura. A reconstrução da pista do Célio de Barros, segundo Leyser, deve levar entre quatro e seis meses.

Procurado, o governo do Rio ainda não respondeu às perguntas do Estado.

Em nota, o governo do Rio informou que "com a provável devolução do equipamento (Célio de Barros) à secretaria de Estado de Esporte e Lazer, o governo buscou alternativas para a reconstrução do centro de treinamento para abrigar equipes nacionais e internacionais, visando os Jogos Olímpicos que serão na cidade, em 2016, além dar continuidade às atividades esportivas que ali eram desenvolvidas".

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