Os advogados de Fernando Pimentel, governador de MG, foram orientados a pedir investigação sobre o vazamentos de informações sigilosas da Operação Acrônimo (Antônio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2015 às 08h25.
São Paulo - O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), orientou seus advogados a pedirem abertura de investigação sobre o vazamento de informações sigilosas da Operação Acrônimo, da Polícia Federal.
Segundo fontes do governo mineiro, o pedido deve ser formalizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro responsável por processos contra governadores, mas o alvo é mesmo a PF.
O pedido coloca numa saia-justa o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF é subordinada. Na semana passada, a Executiva Nacional do PT aprovou convite para o ministro explicar ao partido as ações da PF nas Operações Acrônimo e Lava Jato.
Segundo pessoas próximas ao ministro, Cardozo está disposto a instaurar a investigação sobre o vazamento na Acrônimo, mas teme o desgaste político de ser acusado de agir sob pressão do partido, por causa do convite feito pelo PT.
Fontes do ministério lembram que Cardozo nunca se negou a investigar supostos abusos da PF e chegou a instaurar um procedimento em relação ao vazamento de peças do inquérito que apura a formação de cartel no Metrô de São Paulo a pedido de tucanos, em agosto de 2013.
Fritura
Agora, o ministro que já é alvo de fritura por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por supostamente não controlar as investigações da PF contra o partido, deve entrar também na linha de tiro da oposição - que poderá acusa-lo de pressionar a PF.
A Operação Acrônimo investiga a possibilidade de existência de caixa dois na campanha que elegeu Pimentel no ano passado. A primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, é uma das investigadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.