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Pimentel: primeiro desafio é enfrentar a guerra cambial

O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, também afirmou que as taxas de juros ainda não estão em níveis desejáveis

Fernando Pimentel é o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (WIKIMEDIA COMMONS)

Fernando Pimentel é o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 12h30.

Brasília - O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou hoje, em discurso de posse, que o primeiro desafio que o Brasil terá de enfrentar em 2011 será o combate à chamada guerra cambial, que prejudica as exportações brasileiras. "Há uma evidente guerra cambial mundialmente aberta, com reflexos na nossa balança comercial e efeitos perversos nas nossas indústrias", afirmou o ministro.

Segundo Pimentel, as taxas de juros do País ainda "não estão em níveis desejáveis", e, para que possa haver redução dos patamares atuais, o governo precisará fazer um esforço de disciplina fiscal. "Além disso, o Brasil precisa elevar o nível dos investimentos públicos na infraestrutura e se preparar para atender às demandas do crescimento", completou.

O ministro também criticou os altos tributos cobrados no País. "Devemos reconhecer que há uma carga tributária elevada que impacta a competitividade dos nossos produtos", disse Pimentel.

Exportações

Pimentel comemorou o resultado recorde de US$ 201,9 bilhões em exportações em 2010, anunciado hoje pelo ex-ministro Miguel Jorge, durante cerimônia de transmissão do cargo. "O recorde é uma ótima notícia, mas precisamos exportar mais bens e serviços de alto valor agregado", ponderou Pimentel.

Segundo ele, a inovação será um tema transversal que estará presente em todas as ações do ministério. "A competitividade a ser buscada pela indústria é global. Mesmo para se desenvolver no Brasil, é preciso ser competitivo internacionalmente", disse o novo ministro.

Pimentel se comprometeu a continuar o processo de simplificação das exportações brasileiras, ampliar o acesso a mercados e intensificar as medidas de defesa comercial. Ao elogiar a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ministro afirmou que "temos o melhor e maior banco de investimentos do mundo" e assegurou que sob o comando de Luciano Coutinho, a instituição continuará alinhada ao esforço de alavancagem da economia brasileira.

Pimentel ainda brincou com o fato de ser mineiro, assim como a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. "Essa é uma rara e feliz coincidência que garantirá diálogo fraterno e próspero entre o governo e o setor produtivo", concluiu.

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